I read this banda desenhada back in 2018 but I found it heavy going at the time and I decided to go back to it. At the time, what I said was
Hum… O livro tem 60 páginas e contém 10 contos. Obviamente, estamos na presença dum autor que usa um estilo bem lacónico. As histórias são esquisitas, escuras, perturbantes – mais parecidas com os contos de Franz Kafka do que uma BD tradicional. Na verdade, apenas dois contos têm a marca duma BD: balões de texto. Os outros são, antes, pequenos trechos de ficção, alguns pouco maiores do que um tweet, ilustrados com desenhos escuros ou arrepiantes. Fico contente por ter lido mas não tenho a certeza se apreciei. Vou colocá-lo numa prateleira longe da minha cama para não ter pesadelos.
But here’s what I came up with in 2023, with more fluency of reading (not having to hit the dictionary every 30 seconds)
Ah ah, a opinião do eu de há 5 anos não está assim tão longe da verdade, apesar do seu fraco domínio do idioma, mas aquele rapaz com 48 anos não tinha noção da paixão que fundamenta a maior parte do livro. No primeiro conto, o narrador tem um amor escondido. Está esboçado na forma dum monstro ou um demónio que brama fora do apartamento da amada. Noutros, encontramos outras formas de amor: amor de filhos pelos seus pais, netos pelos avós, e de uma barata gigante pelo dono da casa onde vive. Coisas quotidianas, estás a ver? Cada história tem o seu próprio estilo artístico, mas há uma sensação arrepiante que se difunde pelo livro todo. Trata-se de um amor assombrado por uma angústia existencial.
Once again I’m indebted to Cristina of “Say it in Portuguese” for correcting the errors in the original draft.
