Deparei-me com esta palavra no livro “Português em Foco”, e não a conhecia mas (ao contrário do vocábulo de anteontem) não me custou entender pois é muito simples. O escritor falou de uma melhor com “brinco de missangas na orelha”. Uma missanga é uma conta miudinha e redonda, de louça ou de massa de vidro. Mas quando fiz a pesquisa, quase todas as referências à palavra usam outra ortografia. Segundo o Priberam, missanga provavelmente deriva de quimbundo (uma língua angolana), mas é um exemplo de uma palavra que retém a sua divergência ortográfica apesar do AO: escreve-se “missanga” em Portugal e “miçanga” no Brasil. Mas espera lá, porque aqui vem mais uma reviravolta. Apesar de ter uma página a defender a sua escolha de grafia, o Priberam não tem uma definição de “missanga”. A grafia brasileira, “miçanga“, é a única grafia naquele dicionário. Acho que a palavra entrou na língua através do Brasil e por isso, talvez os lexicógrafos tenham achado que seria melhor usar a grafia brasileira como padrão.
Lots of good pun options here: Missanga Impoçible would have been quite good, but maybe a bit confusing.
A tradução de hoje é “Fado Português”. Se Amália cantou alguma canção, acho que convém usar a versão dela como base duma tradução, mas não existe um vídeo dela a cantar esta, e olha, a versão de Sara Correia é ótima, então porquê é que estás a resmungar? Vi-o na app Lingoclip, que estou a usar diariamente. Para ser sincero, é frustrante. Prefiro usá-la no modo especialista porque é mais fácil digitar tuuuuudoooo do que andar de um lado para o outro entre as letras e as opções, mas é preciso ter dedos extraordinariamente rápidos! Mas um fado é mais fácil do que um rap, portanto, se gostares de experimentar, recomendo que comeces com algo deste género.
Português
Inglês
O Fado nasceu um dia Quando o vento mal bulia E o céu o mar prolongava Na amurada dum veleiro No peito dum marinheiro Que, estando triste, cantava Que, estando triste… cantava
Fado was born one day When the wind was barely stirring And the sky held back the sea On the hull of a sailing ship In the breast of a sailor Who, being sad, was singing, Who, being sad, was singing.
Ai, que lindeza tamanha Meu chão, meu monte, meu vale De folhas, flores, frutas de oiro Vê se vês terras de Espanha Areias de Portugal Olhar ceguinho de choro
Oh so much beauty My ground, my mountain, my valley With leaves, flowers and golden fruit See if you see the lands of Spain, Sands of Portugal Vision nearly blind from crying
Na boca dum marinheiro Do frágil barco veleiro Morrendo a canção magoada Diz o pungir dos desejos Do lábio a queimar de beijos Que beija o ar e mais nada Que beija o ar… e mais nada
In the mouth of a sailor Of the fragil sailing boat The tortured song, dying Tell of the torment of desires From the lip burning with kisses That kisses the air and nothing else That kisses the air and nothing else
Mãe, adeus, adeus, Maria Guarda bem no teu sentido Que aqui te faço uma jura: Que ou te levo à sacristia Ou foi Deus que foi servido Dar-me no mar sepultura
Goodbye mother, goodbye Maria Remember what you see and hear* That here I make an oath That I will either take you to the sacristy Or it was God that served me By giving me a grave in the sea
Ora eis que embora outro dia Quando o vento nem bulia E o céu o mar prolongava À proa doutro veleiro Velava outro marinheiro Que, estando triste, cantava Que, estando triste, cantava
Well so it was that the next day When the wind was hardly stirring And the sky held back the sea At the prow of another sailing ship Sailed another sailor Who, being sad, was singing, Who, being sad, was singing.
Ai, que lindeza tamanha Meu chão, meu monte, meu vale De folhas, flores, frutas de oiro Vê se vês terras de Espanha Areias de Portugal Olhar ceguinho de choro
Oh so much beauty My ground, my mountain, my valley With leaves, flowers and golden fruit See if you see the lands of Spain, Sands of Portugal Vision nearly blind from crying
*Not very literal at all but I couldnºt make it make sense if I did it word for word.
I noticed this in the book I’m reading, principally because it has a version of a verb, aviar, which had come up in a lesson. Aviar is despatch, prepare, generally get something ready to be handed over, say to a customer. So I feel like I should be able to take the phrase “ver se te avias” and translate it back into something that makes sense: “see if you prepare it” maybe, but the literal translation doesn’t do it justice because it’s a set phrase and it means something more like “a rush order” or “a high priority”. The Instituto Camões includes it in its list of expressions, so presumably it’s fair game for a CAPLE exam and therefore worth knowing.
Desde a última semana que ando a ver versões desta piada por todo o lado. Um bugalho é um inchaço das células de uma árvore que parece um fruto mas, na realidade, é resultado de doenças ou de parasitas. O puto na imagem chama-se Sebastião Bugalho, um inchaço de células humanas que parece um jornalista mas na realidade a sua fama é resultado da política e de ser o cabeça-de-lista da Aliança Democrática às Eleições Europeias em Junho. Não sei nada sobre este menino mas não importa muito porque o blogue de hoje não é uma biografia dele.
O humor deriva da expressão “trocar alhos por bugalhos” ou “confundir alhos com bugalhos” que significa “confundir duas coisas muito diferentes”. Por exemplo: “Coloquei a colher na lixeira e o saquinho de chá na máquina de lava-loiça. Estou a confundir alhos com bugalhos!” Sendo assim, quando o rapaz fizer um erro em qualquer situação os seus críticos terão uma piada batida na ponta da língua.
Antes de terminar, fica a dica, “bugs com alho” não tem nada a ver com Sebastião Bugalho. É uma receita inventada por Bill Gates. Ouvi falar dela num Podcast americano, portanto deve ser verdade.
Olha, duas piadas num só blogue. Que pechincha!
I hope to have the oppotunity to write about this guy again in the future so I can call the sequel “Electric Bugalho“. As far as I can gather he’s a not very nice bloke, and the trouble with young, charismatic but not very nice people is that you suspect they have a long career of villainy ahead of them, so please don’t take the light-hearted tone of this as an endorsement if he starts committing atrocities 5 years from now or whatever.
Li uma conversa no Reddit sobre os melhores álbuns de Rock portugueses. O “OP” (a pessoa que fez a pergunta, na lengalenga daquele site) colocou esta colagem no topo do texto para ilustrar alguns candidatos. Muitos escolheram opções da lista, mas outros sugeriram outros discos. Gosto de encontrar novas bandas, portanto decidi ouvi-las todas para avaliar quais são os diamantes entre os calhaus*. Além de quanta loiça é que partem, vou dar uma avaliação sobre quão fácil é cada um para um estrangeiro ouvir as letras. Somos estudantes, não é, portanto isso importa muito!
Censurados – Censurados
Este disco lembrou-me da obra dos Stiff Little Fingers. O ritmo da música é rápido e agressivo, como nos primeiros anos do movimento Punk. Foi lançado em 1990, quando aquele género de música estava prestes a fazer um ressurgimento com bandas como os Green Day, os Offspring e os Blink-182 a nascer nas vésperas da década de 1980 e os primeiros anos da década de 1990. As canções são interessantes para quem gosta do Punk e, apesar do cantor gritar sempre, não é assim tão difícil entender as letras. Depende da canção mas, na verdade, é mais fácil do que dezenas de bandas anglófonas!
Qualidade ⭐⭐⭐
Compreensível? ⭐⭐⭐⭐
Silence Becomes It – Silence 4
Tenho de desqualificar este disco porque quase todas as faixas se cantam num idioma estrangeiro chamado “inglês” que ninguém sabe falar. É uma pena, a sério, porque a música é boa. O género é rock/pop, muito bem realizado. Tocam uma versão de uma canção de Erasure, o que nos dá uma pista sobre os artistas que influenciaram a sua música, e uma das duas canções portuguesas é uma colaboração com Sérgio Godinho.
Qualidade ⭐⭐⭐⭐
Compreensível? 💩💩💩💩💩
Cai o Carmo e a Trindade – Amor Electro
Esta é uma escolha esquisita porque acho que é composto principalmente por covers. Reconheci o “Barco Negro” (de Amália), “Capitão Romance” (dos Ornatos) e “Estrela da Tarde” (de Carlos do Carmo) e acho que Sete Mares também é um empréstimo dos Sétima Legião. Sem fazer uma pesquisa, apostaria que não são os únicos exemplos. A cantora canta bem, e a música é muito suave. Fez-me pensar em várias bandas esquecíveis dos anos noventa. É perfeitamente agradável mas não me agarrou a atenção.
Qualidade ⭐⭐⭐
Compreensível? ⭐⭐⭐⭐⭐
10000 Anos Depois Entre Vénus e Marte – José Cid
Sem dúvida, este tem o melhor título de todos! E uau, esta escolha é fora da caixa. O disco foi lançado em 1978, na época do álbum conceptual. Lembrou-me álbuns como “Close to the Edge” dos Yes, a banda sonora do “Jesus Christ Superstar” e…. Hum… Ouso mencionar o “Rocket Man”? Acho que José Cid é comparado muitas vezes a Elton John mas ele acha-o uma “ataque” por qualquer motivo… Vejo porquê tantas pessoas gostam: é um projeto ambicioso e bem produzido, mas não é um género de que gosto assim tanto e soa muito antiquado em 2024! Ainda por cima, não é nada fácil entender o que está a cantar por causa dos efeitos auditivos.
Qualidade ⭐⭐⭐⭐
Compreensível? ⭐⭐
O Monstro Precisa de Amigos – Ornatos Violeta
Já traduzi uma canção deste álbum: Ouvi Dizer, que é um clássico, e adoro que a banda tenha convidado Gordon Gano, um dos meus músicos preferidos de sempre, para colaborar com eles no Capitão Romance. E o seu sotaque é incrível apesar de ser americano; o cantor é um exemplo que nós estudantes todos devemos seguir! O álbum foi gravado em 1999 e a atmosfera é ligeiramente semelhante aos álbuns daquela altura, tal como o “Yankee Hotel Foxtrot” do Wilco ou o “Peloton” dos Delgados, é até os álbuns dos Violent Femmes da mesma época, mas não é uma cópia: a banda tem um som distinto.
Qualidade ⭐⭐⭐⭐⭐
Compreensível? ⭐⭐⭐
Mingos e os Samurai – Rui Veloso
Ouvi** a música de Rui Veloso anteriormente e achei-o muito influenciado pelo blues, mas este disco tem mais diversidade de estilos e emoções. Estou curioso sobre as letras e penso fazer uma tradução de uma canção no futuro.
Qualidade ⭐⭐⭐⭐
Compreensível? ⭐⭐⭐⭐
Mutantes S.21 – Mão Morta
Cada faixa tem o nome de*** uma cidade: Paris, Barcelona, Amsterdão, Lisboa. É muito Punk. A música é ótima mas infelizmente não gosto dos gritos do cantor, como um bêbado à porta de uma tasca após a hora de fecho.
Qualidade ⭐⭐⭐⭐
Compreensível? ⭐
Ar do Rock – Rui Veloso
Ouvi este álbum depois do outro do mesmo artista e achei-o melhor realizado em termos musicais, mas depois voltei ao primeiro e mudei de opinião. Ambos têm o seu próprio estilo. Ar do Rock é mais pesado, e está a enfatizar os elementos de rock. É semelhante a Eric Clapton em vez das influências brasileiras…? Ou pelo menos achei assim, mas talvez precisasse de ouvir mais.
Qualidade ⭐⭐⭐⭐
Compreensível? ⭐⭐⭐⭐⭐
Cão – Ornatos Violeta
Ornatos Violeta, assim como Rui Veloso, tem dois álbuns na lista, mas este tem um sabor muito diferente de “O Monstro Precisa de Amigos” o título da primeira faixa é “Punk Modo Funk” o que assinala a direção deste lançamento: tem mais em comum com a obra dos Red Hot Chilli Peppers ou os Fishbone. O tom é mais animado e mais acessível.
Qualidade ⭐⭐⭐⭐
Compreensível? ⭐⭐⭐⭐⭐
Eis uma seleção das sugestões da seção comentários: qualquer coisa que soou interessante e cujo título não era em inglês. Vou ouvir apenas as primeiras canções de cada um para dar um resumo, e se gostar, pode ficar na minha playlist
Casa Ocupada – Linda Martini
Fixe!
Qualidade ⭐⭐⭐⭐⭐
Compreensível? ⭐⭐⭐⭐
Pharmácia Ananaz – Comme Restus
Rock muito pesado. Escondi-me atrás do sofá. Não entendi nada das letras e não só por causa das almofadas a tapar os meus ouvidos.
Qualidade ⭐⭐
Compreensível? ⭐
Capitão Fausto Têm os Dias Contados – Capitão Fausto
Chato
Qualidade ⭐⭐
Compreensível? ⭐⭐⭐
Virou – Diabo na Cruz
A primeira faixa soa como uma música folclórica, mas se odiares aquele género, não desesperes já – fia-te na virgem e não corras****, porque o resto do álbum é incrível. É rock, pois, mas há outras influências mais tradicionais também, que dão um tom inédito ao seu estilo. Acho que vou voltar a este álbum e aos outros discos da mesma banda no futuro. Infelizmente, o cantor canta rápido, portanto às vezes, torna-se ligeiramente difícil entender o que está a dizer.
Qualidade ⭐⭐⭐⭐⭐
Compreensível? ⭐⭐⭐
Ao Vivo (1988) – Xutos e Pontapés
Sinto-me disposto a gostar dos Xutos, ainda que não conheça bem a sua obra. São trabalhadores (lançaram um álbum chamado “40 Anos a Dar no Duro” e aquele disco já tem cinco anos!), o seu cantor chama-se Tim, e deram à luz o hino não oficial do país, (eu sei que é um cover mas não me importa: já pertence a eles). Este disco é mais velho e contém muitos clássicos dos avôs do Rock português. Claro que gosto, mas acho que seria mais fácil ouvir as letras num álbum gravado num estúdio.
Qualidade ⭐⭐⭐⭐⭐
Compreensível? ⭐⭐⭐
Rock Radioativo – Mata-Ratos
Não é mau mas não me agarrou a atenção
Qualidade ⭐⭐⭐
Compreensível? ⭐⭐⭐
In Vivo – GNR
Hum…. Não consigo justificar esta opinião mas acho que a música dos GNR é um gosto adquirido. A voz do cantor é fraca e desafinada, mas tem um certo fascínio, e é claro que o público que está na sala de concertos os adoram, apesar dos integrantes serem velhos após de tantos anos a virar frangos. Não gostei assim tanto mas posso imaginar que, ao longo do tempo, podia aprender a apreciar a sua obra
Qualidade ⭐⭐⭐
Compreensível? ⭐⭐⭐
Cairo – Taxi
A música dos Taxi é o que nós chamamos “ska”, e lembrou-me de várias bandas inglesas da mesma época (1982). A canção mais famosa (tanto quanto sei) é Chiclete, que nem sequer está neste disco, mas as faixas todas têm a mesma “vibe”… eh pá, que batota… está bem, têm a mesma atmosfera.
Qualidade ⭐⭐⭐
Compreensível? ⭐⭐⭐⭐
Lambe-Botas – Tara Perdida
Terminamos com um dos meus favoritos deste conjunto: este Lambe-botas nunca para de entregar música acelerada. O baterista é a estrela do disco. Tocar tão rápido deve ser um bico de obra.
Qualidade ⭐⭐⭐⭐⭐
Compreensível? ⭐⭐⭐⭐
O meu Top 3:
Virou – Diabo na Cruz
Lambe-Botas – Tara Perdida
Casa Ocupada – Linda Martini
Mas o primeiro está muitíssimo distante do segundo!
*Not a portuguese expression – “separar o trigo do joio” would be better but I like my made up version so I am sticking with it.
**I used “experimentei” here, aiming to say I sampled his music, without putting any effort into it, but it didn’t seem to be understood so I guess that’s not a thing in portuguese.
***Changed from “é nomeado para” which doesn’t mean ‘is named after”, but more like “is appointed to”
****Is it obvious I just found this randomly while looking up a different expression for another review and liked it so much that I decided I had to crowbar it in somewhere?
I am shocked at how many obvious mistakes I miss on proofreading my own stuff. My brain obviously skips over some real howlers because it already knows what I was trying to say so can’t see what I actually did say.
Gostei muito disto: Luísa Sobral (uma cantora e a irmã do Salvador, vencedor do Festival Eurovisão de Canção vários anos atrás) apresenta o seu novo livro infantil no seu Insta
Que livrinho esquisito. A autora escreveu uma série de poemas como ferramenta para educar crianças sobre a diversidade, e sem dúvida fez um bom trabalho. Os poemas rimam bem e são divertidos e as ilustrações são bonitas. Mas escolheu usar uma linguagem inventada. Baseou-se no sistema elu (descrito neste blogue) mas a autora acrescentou mais mudanças para ser ainda mais “inclusiva”. Existem professores que aceitariam um livro com palavras inventadas, não de forma lúdica mas com propósito didático, para impor uma reforma ortográfica como se as ditas palavras fizessem parte da língua partilhada pelo povo?
Acho muito estranho que pessoas que aceitam que uma cadeira seja feminina (quer dizer que a palavra o seja) e o conceito de medo seja masculino, sentirão a necessidade de criar uma sistema gramatical neutro mas só para falar sobre pessoas. E isto torna-se ainda mais parvo quando percebemos que a palavra “pessoa” é feminina. Será que ela acha um grande insulto referir ao seu ilustrador, Tiago M como “uma pessoa”?
Existem algumas mudanças do sistema de género que (na minha humilde opinião) fariam todo o sentido, e já falei delas no mesmo blogue mas desta forma, eu (como estrangeiro…), achei o sistema sem pés nem cabeça.
Mas tendo feito estas queixas sobre a gramática, achei a atitude da autora muito simpática. Ela ilustra os pontos de vista de um rapaz muito constrangido, uma rapariga que anda de cadeira de rodas, uma cigana, uma imigrante e vários outros. Até as duas crianças para quais o género é a tema principal da sua história, o Rodrigo (um rapaz que não encaixa dentro do estereótipo de comportamento masculino) e a Maria Miguel (uma rapariga que gosta de atividades, penteados e roupas estereotipicamente masculinos e por isso acha que muda do sexo de dia para dia) são tratados de forma sensível. Os pais e os professores deixam-nos experimentar e exprimir-se como querem, sem pressão e sem interferência de adultos bem intencionados mas estúpidos. Acho que, num livro americano, seriam capazes de ter um desfecho muito mais escuro.
Em suma, este livro apresenta um conjunto de poemas divertidos e educativos, mas estragados pela presença de algumas palavras feias distribuídas aleatoriamente através do texto.
Se quiseres saber mais sobre o sistema elu em vez de ler apenas os meus resmungos de velho, aqui está a página a qual a autora refere no apêndice.
Estou tão contente por ter a oportunidade de ler mais nos últimos dias porque cria inúmeras ocasiões de encontrar palavras desconhecidas no seu habitat natural. Hoje, vi esta palavra num livro chamado “As Regras do Isolamento”. Desmiolado… Tentei adivinhar o significado, baseado na estrutura: des/miol(o)/ado: o meu primeiro pensamento era “desembaraçado”. Imaginei algo torto a ficar reto. Mas não é. O meu erro foi confundir “miolo” com “mola”.
Mola é… hum… Eh pá… Devia escrito isto em inglês… Força, Colin, aguenta-te! Uma peça metálica na forma de uma hélice, que faz parte de um relógio (se for pequeníssima!) ou de um colchão (se for muito maior) entre various outra coisas.
Miolo, por outro lado, é uma palavra que pode significar várias coisas, tipo a parte interna do pão, ou de certos frutos, mas por extensão pode também significar a parte interna de uma cabeça, ou seja, o cérebro; a massa cinzenta!
Afinal, o que quer dizer “pensamentos des/miol(o)/ados”? Pensamentos distraídos, sem juízo, sem coerencia, sem pés nem cabeça.