#UNCORRECTEDPORTUGUESEKLAXON
No sexto capítulo, Marco Neves volta para vários assuntos dos anteriores. Começa com a vaidade de quem acredita que o seu sotaque não é sotaque mas nada mais e nada menos do que o padrão de língua, e todos os outros são meras tentativas de falar português assim. Também, faz-nos lembrar a historia alternativa do capítulo 5, e que o relacionamento entre português brasileiro e português europeu é igual ao relacionamento entre português e galego. O seu objectivo é fazê-nos ver a língua do Brasil com olhos novos, não como errado, nem outra língua, nem uma ameaça a versão que se fala em Lisboa, mas sim como mais um membro da família de línguas, que cresceu (se perdoar o meu metáfora misto…) da mesma raiz romana, e que mantém o mesmo nome. Claro, português brasileiro compartilha muitas coisas em comum como português europeu e é igualmente capaz de ser um idioma da poesia e da literatura.
O autor confronta uma ideia, exprimido por um português que “Tenho aversão a ler em brasileiro”. Embora não faça parte neste dialogo por não ser lusófono, acho este ultimo sentimento o mais surpreendente para mim, como um inglês. Nós também temos um primo mais grande, uma outrora colônia transatlântica que fala a nossa língua e tem uma voz muito alta no palco do mundo. As vezes, queixamos da sua influencia nos meios de comunicação, e os barbarismos e modernices (nunca se diz que alguns são mais propriamente velhices!) semeados nas mentes dos nossos filhos pelas séries e filmes daí, mas nunca, mas mesmo nunca ouvi alguém a dizer que ele tem aversão de ler (ou de ver ou de ouvir) narrativas estadunidenses.
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Dado o assunto, seria eu uma hipócrita se dissesse que preferia correções em PT-PT? 🙂
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