Ricardo Araújo Pereira é um dos humoristas mais confiáveis que já li: sempre que abro um livro dele, fico divertido e, às vezes, até aprendo algumas coisinhas. Nunca encontrei um livro dele aborrecido (mas nunca experimentei o que fala de futebol!)
Neste livro, o ganda Ricardo vira a sua atenção para a pandemia e os transtornos, as parvoíces e todas as mudanças daquela época na história do nosso mundo. Ler o livro é uma espécie de viagem no tempo: é quase possível adivinhar a semana na qual um capítulo foi escrito, analisando o que ele menciona: o confinamento, as medidas contra infeção, como lavagem de entregas, máscaras, o horrível vídeo de estrelas a cantar “Imagine” e por aí fora. E não desilude.
Tanto quanto sei, o título é um trocadilho baseado no duplo significado de “vagas”: como substantivo é um sinónimo de “ondas” e como adjetivo é a forma feminina e plural de “vago” que significa “impreciso”. Portanto pode significar “sobre as vagas do vírus” ou “sobre ideias vagas”.
