Alem das regras positivas e negativas, a página que estou a saquear nesta série inclui algumas dúvidas sobre o uso de vírgula:

Antes de “e” , como já disse, basicamente não precisamos duma vírgula (vim, vi e venci) mas existem exceções: (1) quando o sujeito muda: “eu escrevi, errei, tu corrigiste” (2) quando o “e” faz parte duma expressão intercalada na oração: “faço receitas deliciosas, e sempre saudáveis, para a família”
Depois de “mas” a situação é igual: de forma geral, não precisamos duma vírgula, mas às vezes há uma expressão intercalada que precisa de uma vírgula por direito próprio “escrevi um texto, mas, apesar de ter feito um esforço, não foi suficiente para erradicar os erros tolos.”
Antes de “que” precisamos duma vírgula quando o “que” fizer parte duma oração adjetiva, mas não precisamos de usar quando a palavra introduz uma expressão integral. Ou seja, a presença de “que” não altera as regras dadas nos textos anteriores.
Finalmente, deixem-me acrescentar uma nota sobre números. Isto não faz parte da página mas nós anglófonos estamos acostumados a escrever números grandes com vírgulas e a separar as casas decimais com um ponto. Em português o vírgula aparece onde usamos o ponto decimal (π= 3,1415926535blablabla). Às vezes, vejo números muito grandes com pontos a separar os grupos de três algarismos (1.000.000) mas isto é errado, segundo este artigo do Ciberdúvidas: para ser certinho, é melhor usar espaços: 1 000 000.