Acabei de ler um texto sobre Aristedes De Sousa Mendes. Nunca ouvi falar dele. No início da segunda guerra mundial, era cônsul português em Bordéus na França. Quando a invasão de França começou, milhares de refugiados, incluindo um grande quantidade de judeus, apresentaram-se no seu consulado.

Naquela altura os governos de Portugal e da Espanha foram ditaduras e apesar de serem neutros, compartilharam alguns valores em comum com os Nazis e não queriam admitir pessoas apátridas em fuga do exército alemão. O senhor De Sousa Mendes afirmou que “Se há que desobedecer, prefiro que seja a uma ordem dos homens do que a uma ordem de Deus” portanto ele com a ajuda da sua mulher um filho e mais um funcionário passaram três noites a emitir vistos e a carimbar passaportes.
O cônsul foi demitido no final, e faleceu uns anos depois em obscuridade e cheio de dívidas mas nos anos setenta, depois da revolução, foi reintegrado no corpo diplomático a título póstumo. Foi elogiado pelo heroísmo que ele mostrou naquela hora negra, durante a qual seja estimado que ele tenha salvo as vidas de cerca de 13000 judeus e mais 27000 refugiados.
One thought on “Aristedes De Sousa Mendes”