I’ll probably do a fuller review of this when I’ve finished sit but for now, here are a couple of initial impression of this old RTP series

Estou a ver uma série com Bruno Nogueira (cujo sotaque é incompreensível). O título é Odisseia e acho que estreou em 2013. Acho que o narrador da primeira parte imitava a introdução da odisseia original: o poema de Homero. Não tenho certeza porque não tenho um exemplar da edição portuguesa em casa mas o estilo tem um ar muito grego. Além disso, há uma autocaravana chamada Calipso. É uma comédia mas o humor é mais negro do que um morcego que mora numa mina de carvão e gosta de música gótica.
Em inglês, quando um ator se vira para o público a começa falar diretamente com eles, como se fossem participantes no drama, ou como se o ator não fosse, chamamos este truque “breaking the fourth wall” (partindo a quarta parede) porque podemos falar do palco como uma divisão que tem “paredes”, embora sejam apenas paredes de cortina, no pano de fundo e às duas alas, mas a quarta é a parede invisível que separa os atores do público. Não sei se o mesmo conceito existe em português.
Esta rutura da barreira entre a realidade e a ficção acontece de vez em quando na televisão: um ator dirige o seu discurso à câmara, ou bate na lente com os nós dos dedos. Na série “Odisseia”, isto acontece, mas ainda por cima, membros da tripulação – funcionários, cinegrafistas, o realizador – entram na cena e falam com as protagonistas. É um estilo mesmo interessante.
Raios. O primeiro ministro acabou de se demitir mas já gastei o meu texto do dia nesta merda? Que desperdício!