Posted in English

Dall-E

Like a lot of people, i have been playing with Dall-E. This one surprised me. I was a bit worried it wouldn’t know who Fernando Pessoa was but it turned out it didn’t know what an otter was

Fernando Pessoa as an Otter

And here’s one where the Justice League all have the same super-power and it’s just knowing the colours of the Portuguese flag.

Portuguese Super Heroes
Posted in English, Portuguese

Segue o Teu Destino

Translating one of the poems I’ve been learning. It’s by Ricardo Reis, one of Pessoa’s Hetronyms. I found it a bit inspiration-postery at first but it’s really grown on me, especially the last two lines of the first verse and the last two lines of the last:

Portuguese versionTranslation
Segue o teu destino.
Rega as tuas plantas.
Ama as tuas rosas.
O resto é a sombra
De Arvores alheias.
Follow your destiny
Water your plants
Love your roses
The rest is just the shadow
Of other people’s trees
A realidade
Sempre é mais ou menos
Do que nós queremos.
Só nós somos sempre
Iguais a nós próprios.
Reality
Is always more or less
Than we want
We alone are always
Equal to ourselves
Suave é viver.
Grande e nobre é sempre
Viver simplesmente.
Deixa a dor nas aras
Como ex-voto aos deuses.
It’s easy to live
It’s great and noble always
To live simply
Leave pain on the altar
Like a votive offering to the gods
Vê de longe a vida.
Nunca interrogues.
Ela nada podes
Dizer-te. A resposta
Está além dos deuses.
Look at life from afar
Never question it
It can’t tell you
Anything. The answer
Is beyond the gods
Mas serenamente
Imito o Olimpo
No teu coração.
Os deuses são deuses
Porque não se pensam.
But serenely
Imitate Olympus
In your heart
The gods are gods
Because they never think of themselves
Posted in English

Poetry

One of the things I’ve been doing in my non-portuguese life is trying to learn poems. I had some idea that it would be nice to have more poetry in amongst the clutter of my brain, and also good mental exercise now that I’m well into middle age and finding myself forgetting stuff all the time. In the last couple of weeks I have memorised two. I can now recite Weathers by Thomas Hardy or The Subaltern’s Love Song by John Betjeman by heart. I like the Betjeman best; the rhythm of it is amazing, and it really conveys the sense of being giddy and excited and in love.

Anyway, I was thinking of doing “Mar Português” by Fernando Pessoa next. It’s shorter but I’m expecting it to be harder in anotgher language. So I was really excited to see this video drop into my Youtube recommendations today. Mar Português is the fifth of the five poems she reads. I have been subscribed to the channel for a while but not really following it closely but I can see I am going to have to keep a closer eye on it from now on, because I like this a lot!

Posted in English

Portrait of the Artist as a Young Homem

At work the other day, in an effort to make my tasks stand out better in the planning software, I decided to swap my default icon from the orange disc with LC on it to a picture. Usually I use a small picture of someone waving the Bandeira portuguesa* but I couldn’t find it so I opted for this instead.

Fernando Pessoa

So far, so whatever, but the next day when I was arriving at work, my email pinged and when I looked at the company email app, there was the six-year-old Fernando Pessoa looking at me, from the corner of the screen. As it turns out, the software is part of office suite and they’re all linked together, so the picture had become my official photograph on the intranet. I got rid of it later that day but a few people were curious as to what had happened.

I sort of miss it actually. It was the only black and white icon there which made it really easy to spot. One of those times when professionalism and efficiency are in opposition.

*I suppose I should really say “The Flag of the Portuguese Republic” since there are still monarchists who insist that the old royalist flag, a blue cross on a white background, is the real Portuguese flag.

Ouça 9. The Flag de HISTÓRIAS DE PORTUGAL de Saudade e Outras Coisas #np na #SoundCloud

Ouça 9. A Bandeira de HISTÓRIAS DE PORTUGAL de Saudade e Outras Coisas #np na #SoundCloud

Posted in Portuguese

O Banqueiro Anarquista – Fernando Pessoa

26621640

O Banqueiro Anarquista é um conto escrito pelo famoso poeta Fernando Pessoa. Faz parte duma coleção (também chamada “O Banqueiro Anarquista”) publicada pela* Relógio d’Água.

O conto trata-se da vida dum homem rico, burguês que afirma que, ao contrário do que a gente pode achar, é um anarquista, e não simplesmente um anarquista teórico, mas um anarquista a sério que aplica a teoria à sua própria vida. Aqueles gajos que atiram bombas são meros amadores comparados com o banqueiro. Sentado num restaurante, o banqueiro conta ao seu amigo como é que as reviravoltas do seu raciocínio o levaram ao seu actual modo de viver. É um bom exemplo de como uma pessoa se pode enganar, por sofisma e acaba por adoptar um modo de viver ao contrário às suas crenças mais fortes por um método aparentemente puro e rigoroso. É muito engraçado.

Acho que o livro se lê bastante bem. Como um novato da língua portuguesa, fiquei preocupado por começar um livro escrito por um dos gigantes de literatura portuguesa, mas há muitos palavras de política e economia que tornam tudo mais fácil porque são muito parecidas com os cognatos ingleses.

*=I would have gone for “pelo” because Relógio is masculine but it’s the name of a publisher (a editora) so it’s feminine.

Posted in Portuguese

Diálogo num Café

Às 8 horas
Empregada: Bom dia senhor, faça favor.
Cliente: Bom dia, um abatanado por favor e… mais um para o meu amigo o Senhor Pessoa.
Empregada: O senhor é muito engraçado. Mais alguma coisa?
Cliente: Sim, um pãozinho com manteiga e compota por favor.
Empregada: Muito bem
—mais tarde—-
Empregada: Aqui está
Cliente: Obrigado, e quanto é?
Empregada: São 2,16 €
Cliente: Ah, deixe-me pensar… Meu deus! É equivalente a £7.56!
Empregada: (Eu) não faço as regras… vocês votaram para o Brexit.
Cliente: Sim, é justo. Eis o dinheiro.
Empregada: Obrigada.

Às 13 horas
Empregada: Boa tarde, senhor.
Cliente: Bom dia outra vez! Está na hora de almoço. Eu e o meu grande amigo o Senhor Pessoa…
Empregada: Ó senhor, por favor, quase não consigo respirar…
Cliente: …queríamos experimentar as comidas de Lisboa. Que recomendas?
Empregada: Muitos turistas gostam da nossa sandes mista com pão de deus…
Cliente: Excelente! Vamos experimentar isso!
Empregada: Muito bem.
—mais tarde—
Empregada: A sua sanduíche, senhor.
Cliente: Muito obrigado. Pago já. Quanto é?
Empregada: São 2,16€
Cliente: Um momento, vou verificar a taxa de câmbio… meu deus! É equivalente a £34.27!
Empregada: Lamento que o senhor tenha razão. A libra continua a cair relativamente ao Euro.
Cliente: O que é que fizemos!? Ora… eis o dinheiro.
Empregada: Obrigadíssima.

Às 19 horas
Cliente: Olá bom dia! Já voltei!
Empregada: A minha vida está cheia de alegria por rever a sua cara mais uma vez.
Cliente: Obrigado. Ora, apetece-me um prato de bacalhau com natas.
Empregada: Mais alguma coisa?
Cliente: Hum… Sim, uma imperial também por favor.
Empregada: Sagres ou Super Bock?
Cliente: Super Bock, sem dúvida.
Empregada: Com certeza.
—mais tarde—
Cliente: Á, obrigado. A conta, por favor.
Empregada: São €2.16
Cliente: Hum… meu deus! É equivalente a £543.62!
Empregada: Talvez o senhor queira pedir o pequeno-almoço para amanhã de manhã para evitar a próxima queda?
Cliente: É uma boa ideia. Que achas o Fernando?
A Estátua: (Nada diz)

View this post on Instagram

Como adivinhou que sou um Turista…?

A post shared by Colin (@18ck) on

Posted in Portuguese

Férias Dia 3: Lisboa Antiga 

Mais uma dia a começar atrasado. Decidimos tomar o pequeno-almoço no Mercado da Ribeira

Bebemos “smoothies” e cafés, e comemos vários tipos de bolos. Uma empregada que falou em Português comigo disse que às vezes, os clientes ingleses zangaram-se consigo porque ela não entendeu o que disseram. Infelizmente, isto é muito fácil acreditar.

Depois, andámos de metro até ao centro comercial e, para resumir uma longa história, passámos o dia inteiro a fazer actividades turísticas.

Comecei na livraria Bertrand. Enquanto que a Olivia e a Catarina a exploraram as farmácias, enchi a mochila  de livros portugueses de qualquer tipo: de banda desenhada, escolares , de culinária… Mas achei difícil de encontrar livros semelhantes de “a bicicleta que tinha bigodes”. Então perguntei à funcionária:

“Por favor… Estou a procurar livros para jovens adultos”

“Jovens adultos de qual idade?”

“err…. Quarenta e sete”

Infelizmente, chegou a minha esposa, ainda entusiasmada por falar português, e começou a falar com “a minha” empregada! Precisei de correr atrás dela.

“Há milhões de lisboetas”, disse eu, “vá procurar o seu!”

Depois, com  uma mochila mais pesada, fomos ao café A Brasileira para tirar uma fotografia com a estátua do Fernando Pessoa. Não comemos nada, porque não somos feitos de dinheiro.

View this post on Instagram

Como adivinhou que sou um Turista…?

A post shared by Colin (@18ck) on

Andámos pelo elevador da Glória e experimentámos os pastéis e cervejas de vários cafés.

https://www.instagram.com/p/BMAF8NfF7rR/

O tempo mudou de nuvens ao sol, para voltar à chuva. Afinal, tínhamos experimentado tudo que a área turística pode oferecer. Por isso, começamos numa expedição pelo coração escuro de Lisboa, onde fica uma restaurante pequeno. A minha esposa (uma génia) sabia de um sítio desconhecido pelos turistas.

View this post on Instagram

A Olivia na praça. #lisboa #lisbon

A post shared by Colin (@18ck) on

Andámos vinte minutos mas… Bolas! Estava fechado! Tentamos uma outro perto dali mas não havia espaços abertos. Finalmente, encontrámos um novo restaurante que se chama “Latitude 38

Foi ótimo. Cada prato foi perfeito. O dono era francês, e por isso a Olivia falou francês com ele, enquanto que a Catarina e eu falámos português. Afinal, voltámos para casa e todos escovamos os dentes, e eu dei beijinhos aos meus livros novos. Ah, são tão bonitos…