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A Ave de Rapina

O hotel no qual estivemos hospidades tem uma problema de dezenas de pombas ladrões. Todos os dias o pequeno almoço é uma cerca, com turistas aterrorizados a guardar as suas pratas para que as aves não consigam bicar a comida toda.

Mas o hotel tem uma arma segreda: uma ave de rapina. Infelizmente não está solta; acho o espectáculo de uma pomba a ser degolada entre as cereais seria ainda mais horripilante do que a alternativa, mas está empoleirada num corrimão, perto das mesas, com um homem a cuidar dela. E a ameaça da ave de rapina dissuade, em certa medida, as pombas cometerem atrocidades.

Coloquei uma foto da ave no subreddit r/whatisthisbird, e todos os entendedores-de-aves informaram-me que fosse uma gavião-asa-de-telha (o nosso Harris’s Hawk). Pedi mais informações do dono da ave mas ele disse que não, é uma águia e agora não sei, porque não quero contrariar o dono da ave mas também toda a gente no subreddit jura que o gajo não tem noção e que não existe uma espécie de águia com a plumagem que tem esta ave.

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Madeira Dia 5

A nossa estadia na Madeira já está concluída e estamos de volta no Kew de Judas. Estamos esgotados de tanta atividade e (no meu caso) de tanto terror de voar!

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Madeira Dia 1

Não dormimos muito antes do voo por causa dos nervos. O táxi chegou às 04h15 (quase uma meia hora atrasado!) mas não houve problema e acabamos por ser a quarta e quinta pessoa no avião.

Sinto sempre um terror quando o avião está a descolar, mas estou cada vez melhor em controlar o medo, deixando os meus músculos relaxar, e focando a minha atenção toda em alguma coisa divertida, como por exemplo o desenho animado Rick and Mort que não tem pausas nas quais estarei capaz de pensar em asas a quebrar ou terroristas com bombas escondidas nos sapatos.

E o voo passou sem incidente. Deixamos as malas no hotel e pomo-nos a explorar. A Catarina tem vários lugares da sua juventude que ela quer visitar e hoje visitamos uma escola e uma casa. A escola ainda existe mas passou para um novo edifício, sendo o original uma empresa de imobiliária. A casa, por outro lado, é completamente dilapidada. Foi propriedade do exército e hoje em dia anda abandonada e trancada com folhas de uma planta qualquer a crescer pelas janelas, entre as lâminas das portadas.

A janela do quarto antigo.

Tomámos uma bebida à beira mar mas estamos exaustos e a Catarina ainda está adormecida. Estou a escrever isto às 20h45 mas ela fechou os olhos às 19h e eu irei fechar os meus em breve!

Daylight at 6.15PM. You won’t get that in  England in late November! The sky was blue for most of the time too, just clouding over in the evening.
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Estou De Volta

Ai que dia desgastante! Olhem, vou contar uma história mas têm de me prometer não a contar à minha esposa porque ela irá gozar comigo.

Acordei cedo, tomei o desjejum e chamei um táxi. Infelizmente, quando cheguei no aeroporto, enfiei a mão no bolso em busca do meu telemóvel mas não estava lá. Deixei-o no táxi. Entrei em pânico porque ninguém consegue sobreviver sem telemóvel em 2024. Após cinco minutos de não saber o que fazer abordei um grupo de agentes de PSP e expliquei a situação. Ligaram para o telemóvel. O taxista ouviu-o e atendeu e em breve voltou ao aeroporto com o meu dispositivo. Dei-lhe uma gorjeta generosa pelo seu transtorno.

Regra geral, sou um passageiro nervoso mas depois de quase perder o telemóvel, a possibilidade de cair do céu e morrer numa bola de fogo parecia-me menos ameaçador, e o resto da viagem passou-se sem incidentes.

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As férias

IMG_20180727_154112_196Estou no Algarve com a minha família. Estamos aqui desde a segunda feira e partimos hoje à noite. Durante esta semana tenho tido muitas oportunidades de falar com os habitantes e torna-se cada vez mais óbvio que a minha linguagem melhora ao longo do dia. A empregada do pequeno almoço há-de achar que sou um idiota porque sempre falei com ela antes de beber o primeiro café do dia e mal me lembro como dizer “bom dia”. Porém, à empregada de jantar, já estou tão fluente quanto um fadista porque passei o dia inteiro a falar com portugueses nas praias e lojas.

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Interlude 3: Gentrificação e Turismo

É sempre fácil de esquecer que as forças que conduzem o crescimento e a mudança da nossa própria cidade agem em outras cidades porem toda parte. Por exemplo, notei ontem as diferenças entre as áreas de Lisboa onde há muitos turistas e onde não há nenhuns.
Algumas diferenças são positivas, claro: apartamentos, hotéis, lojas, tudo tinham sido renovados, mas outros aspectos na mudança são mais problemáticos. Por exemplo, sinais escritos em inglês*, lojas cheias de produtos horríveis, e há áreas da cidade onde o ambiente turístico fica tão chato que adivinho que um lisboeta não queira ir.
Os académicos que têm feito estudos da gentrificação dizem-nos que o processo dá benefícios a uma cidade, mas acho que, quando for acompanhado pelos turismos pode prejudicar o carácter da cidade. Neste caso a responsabilidade para evitar danos é com o governo local e com os turistas.

 

*=este frase foi disputada em italki. A minha resposta foi assim: Pode ser não queria dizer “sinais”. Estava a pensar em nomes da varias lojas, texto nas ementas e coisas deste tipo. Por exemplo, no meu blogue, mencionei este mercado, designado “Time Out Market” em vez de “Mercado da Ribeira” ou “Mercado do tempo a fora” ou qualquer nome portuguese.

time-out Alguns Lisboetas jantam lá, pois claro, mas parece um “tourist trap” e confesso que tomámos um almoço e um pequeno-almoço ali durante as nossas férias. Uma empregada disse me que uns clientes zangaram consigo porque não falou bem inglês. É normal que espaços deste tipo vai crescer numa cidade com muitas turistas, mas é saudável…? Hum….

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Férias Dia 5: Adeus Lisboa

Finalmente chegou o quinta e último dia de férias. Tem sido um período curto mas feliz, as nossas primeiras férias fora do país desde que a Olivia era pequenina.

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A bandeira #portugal #lisboa #Portuguese #flags

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Começamos com o pequeno-almoço num café, onde encontramos um empregado que acabou por trabalhar em Inglaterra. Depois, fomos ao terminal do “Transtejo” – um barco através do rio. Havia um rapaz em frente de mim na fila, que zangou-se com o funcionário que vendia os bilhetes mas enfim comprei três e embarcamos.

No outro lado do rio, andámos à beira até um elevador e depois andamos mais até chegarmos à estátua do Cristo Rei (acho que é alcunha para “Cristiano Ronaldo”) no caminho, passámos em frente de vários grafites.

A vista do topo da colina era impressionante. Conseguimos ver a cidade toda, o rio e a ponte 25 de Abril

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São golfinhos verdadeiros?

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Tendo voltado ao lado de Lisboa, comprámos o almoço no mercado da ribeira. Tive comi um prego e a Catarina e a Olivia comeram bolos de bacalhau. O empregado insistiu em falar inglês,  apesar do facto que eu respondi em português. Eu queria dizer “Olha, meu, estamos em Lisboa, não em Hemel Hempstead!” Então visitámos uma outra estátua: a do Marques de Pombal, o fidalgo louco que reconstruiu Lisboa após do terramoto de 1755. Na estátua há um leão ao seu lado, tipo de Vladimir Putin.

Regressámos ao apartamento por volta das cinco horas para arrumar as malas e as mochilas. Vamos adormecer muito cedo com despertadores a marcar as três da manhã. Vai ser uma pena…

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Férias Dia 4: Lisboa Menina E Moça 

Começamos o dia tarde mais uma vez. A Olivia teve uma aula de Japonês através do Skype. Correu bem. Entretanto, vou à lavandaria onde gastei 8€.

8€!!!

Após do pequeno-almoço fomos à Livraria. Era bué fixe. O tecto era muito alto e havia máquinas de impressão abaixo. Entretanto, o ar da loja era tipo “hipster” mas gostámos.

Depois, demos um passeio pelo centro comercial, a Mouraria (onde um jovem numa bicicleta tentou vender-me hashish, mas não me interessa). Subimos uma colina grande, e vimos a condução dos lisboetas. Utilizam buzinas em vez dos travões.

Afinal, depois do Castelo, das fotografias, dos empregados teimosos dos restaurantes turísticos, de tudo, chegámos ao restaurante Arco da Velha. Acho que aquele restaurante é um dos mais lindo que visitei na minha vida. O seu bacalhau com creme é óptimo, mas infelizmente, conforme com a Olivia o seu esparguete é uma merda. Mas não faz mal. Tivemos uma noite agradável.

https://www.instagram.com/p/BMCklHglNuO/

Hoje será o último dia de férias. Pretendemos ir ao Belém mais uma vez e atravessar o Tejo. O tempo vai estar quente e as raparigas têm vestidos de verão . Vai ser o melhor dia até já!

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Férias Dia 3: Lisboa Antiga 

Mais uma dia a começar atrasado. Decidimos tomar o pequeno-almoço no Mercado da Ribeira

Bebemos “smoothies” e cafés, e comemos vários tipos de bolos. Uma empregada que falou em Português comigo disse que às vezes, os clientes ingleses zangaram-se consigo porque ela não entendeu o que disseram. Infelizmente, isto é muito fácil acreditar.

Depois, andámos de metro até ao centro comercial e, para resumir uma longa história, passámos o dia inteiro a fazer actividades turísticas.

Comecei na livraria Bertrand. Enquanto que a Olivia e a Catarina a exploraram as farmácias, enchi a mochila  de livros portugueses de qualquer tipo: de banda desenhada, escolares , de culinária… Mas achei difícil de encontrar livros semelhantes de “a bicicleta que tinha bigodes”. Então perguntei à funcionária:

“Por favor… Estou a procurar livros para jovens adultos”

“Jovens adultos de qual idade?”

“err…. Quarenta e sete”

Infelizmente, chegou a minha esposa, ainda entusiasmada por falar português, e começou a falar com “a minha” empregada! Precisei de correr atrás dela.

“Há milhões de lisboetas”, disse eu, “vá procurar o seu!”

Depois, com  uma mochila mais pesada, fomos ao café A Brasileira para tirar uma fotografia com a estátua do Fernando Pessoa. Não comemos nada, porque não somos feitos de dinheiro.

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Como adivinhou que sou um Turista…?

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Andámos pelo elevador da Glória e experimentámos os pastéis e cervejas de vários cafés.

https://www.instagram.com/p/BMAF8NfF7rR/

O tempo mudou de nuvens ao sol, para voltar à chuva. Afinal, tínhamos experimentado tudo que a área turística pode oferecer. Por isso, começamos numa expedição pelo coração escuro de Lisboa, onde fica uma restaurante pequeno. A minha esposa (uma génia) sabia de um sítio desconhecido pelos turistas.

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A Olivia na praça. #lisboa #lisbon

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Andámos vinte minutos mas… Bolas! Estava fechado! Tentamos uma outro perto dali mas não havia espaços abertos. Finalmente, encontrámos um novo restaurante que se chama “Latitude 38

Foi ótimo. Cada prato foi perfeito. O dono era francês, e por isso a Olivia falou francês com ele, enquanto que a Catarina e eu falámos português. Afinal, voltámos para casa e todos escovamos os dentes, e eu dei beijinhos aos meus livros novos. Ah, são tão bonitos…

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Férias Dia 2: Lisboa Não é a Cidade Perfeita

Acordamos muito tarde de manhã. Estávamos tão cansados. Fomos ao “LX Factory”  debaixo da Ponte 25 de Abril em busca do pequeno almoço. Encontramos um café bonito. Comemos várias pãozinhos e tentei lembrar-me de como pedir o café perfeito (assim: A-BAT-AN-A-DO)

Após de comer, saímos de eléctrico para Belém. Como chovia, trouxemos os chapéus-de-chuvas e casacos. Fizemos várias “selfies” e fotografias dos sítios antigos da história portuguesa: a torre de Belém, o Mosteiro dos Jerónimos, o Padrão dos Descobrimentos e sobretudo o interior do café dos Pastéis de Belém.
Oh.

Meus.

Deuses.

Não há nada como isto em todo o mundo.

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#PoesiaEmCafes

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O desafio do dia era tentar falar português sem ser interrompido pela Senhora Lusk. Ela estava tão entusiasmada de estar no meio de outros lusófonos, que começou a falar a cada oportunidade. Estranhamente, acho que falei menos português no dia inteiro do que falo num dia normal em Londres, através do Hellotalk e do Skype!

https://www.instagram.com/p/BL8wEcWBSJv/ 

Então, andámos de  elétrico mais uma vez. Chegamos ao centro comercial. Subimos no Elevador de Santa Justa e passei umas horas a explorar as ruelas.

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Finalmente, voltamos para casa, deixamos cair as malas e saímos outra vez para jantar. A empregada era brasileira que foi difícil para mim. Não podia entender o que ela disse, porque estava a tapar os meus ouvidos para não ouvir o seu sotaque. Mas a comida estava saborosa de certeza.

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O jantar já terminou

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