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Retyping with Corrections

This is a Produção e Interação Escrita essay for a DUPLE exam. I’m retyping it with fixes to help me remember them. I did a letter too, but I’m not retyping that because I decided what I’d actually said in it was brainless.

By the way, something else I’m noticing with these: maybe it’s better to avoid subjects you care about. I find it tempting to write about things I have strong opinions about, because I feel like I’ve thought them through already. The trouble is, when I do that, I want the essay to be fair and accurate and the effort to do that channels my brainpower away from my efforts to write grammatical sentences. Maybe it’s better to pick boring topics where I can write something bland, not offend anyone and just express my milquetoast opinions on beautifully accurate Portuguese. I think I’ve done that in this case in another modelo, I wrote one about social media influence on elections. Just a few days after Trump, I think that was probably a mistake.

OK, here we go. The topic is whether the tourism industry is bad for a region.

É verdade que a indústria do turismo tem custos significativos, mas também há benefícios. Enquanto alguns lugares dinamizam a sua economia por minando carvão ou urânio, o turismo fornece uma oportunidade para gerar vastos lucros sem perigo de morte, sem poluição do lençol freático e sem fumo, ruído ou vibração. Basicamente a cidade, a zona ou o país está a ser pago só por existir e por ser o que é. É perfeito, não é?

Até certo ponto.

Infelizmente, nesta indústria, o produto é a cultura e as matérias* primas são os cidadãos e o espaço onde vivem. Em breve a cidade torna-se um parque de receios; restaurantes têm ementas em 5 línguas, casas de fados abrem as portas exclusivamente aos estrangeiros que não se importam de pagar cinco vezes mais do que os locais, e os apartamentos tornam-se quartos do “Air B&B” enquanto aumenta o número de sem-abrigos**.

O desafio para as câmaras municipais é exigente: como usar os lucros que os turistas trazem (em forma de impostos nas empresas no sector turístico) para construir novas casas, estabelecer novas infraestruturas*** e impedir que a cidade perda a sua personalidade.

Isto não é apenas uma estratégia defensiva. Também se trata de “sustentabilidade”, porque se a cidade perder os seus aspectos únicos, deixará de ser fixe**** e perderá os turistas também.

*I’m pretty sure it isn’t the first time I’ve done this but I used “materiais” as if “material” was the noun and not an adjective.

***Spelling challenge for English speakers: spell this word without forgetting the e. Difficulty rating: a million.

**Sem-abrigos = “the homeless”, but if you want to go for people it’s “pessoas sem-abrigo” , not “pessoas sem abrigos”. O suppose I was fooled because in English homeless is an adjective so I was trying to make it agree with pessoas. And that’s obviously stupid, because pessoas is femimine, so it would have to be “sem-abrigas” wouldn’t it, and that’s not going to fly at all!

****In a way, this is the right word, and I chose it because I had Lisbon in mind and Lisbon keeps getting voted as the coolest city in Europe, but it’s also a very informal word and I probably should have given it a bit more context otherwise it would probably seem quite jarring in an exam situation.

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Interlude 3: Gentrificação e Turismo

É sempre fácil de esquecer que as forças que conduzem o crescimento e a mudança da nossa própria cidade agem em outras cidades porem toda parte. Por exemplo, notei ontem as diferenças entre as áreas de Lisboa onde há muitos turistas e onde não há nenhuns.
Algumas diferenças são positivas, claro: apartamentos, hotéis, lojas, tudo tinham sido renovados, mas outros aspectos na mudança são mais problemáticos. Por exemplo, sinais escritos em inglês*, lojas cheias de produtos horríveis, e há áreas da cidade onde o ambiente turístico fica tão chato que adivinho que um lisboeta não queira ir.
Os académicos que têm feito estudos da gentrificação dizem-nos que o processo dá benefícios a uma cidade, mas acho que, quando for acompanhado pelos turismos pode prejudicar o carácter da cidade. Neste caso a responsabilidade para evitar danos é com o governo local e com os turistas.

 

*=este frase foi disputada em italki. A minha resposta foi assim: Pode ser não queria dizer “sinais”. Estava a pensar em nomes da varias lojas, texto nas ementas e coisas deste tipo. Por exemplo, no meu blogue, mencionei este mercado, designado “Time Out Market” em vez de “Mercado da Ribeira” ou “Mercado do tempo a fora” ou qualquer nome portuguese.

time-out Alguns Lisboetas jantam lá, pois claro, mas parece um “tourist trap” e confesso que tomámos um almoço e um pequeno-almoço ali durante as nossas férias. Uma empregada disse me que uns clientes zangaram consigo porque não falou bem inglês. É normal que espaços deste tipo vai crescer numa cidade com muitas turistas, mas é saudável…? Hum….