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Unraveling Jokes

Falando de Marcelo Rebelo de Sousa no programa, “Isto é Gozar Com Quem Trabalha” (que oiço como Podcast) , Ricardo Araújo Pereira disse “Cabe-nos a nós a honra de condecorar Marcelo Rebelo de Sousa com a pouca-conhecida… É uma comenda nova que é A Desordem da Ordem do Infante Dom Henrique”.

Quando ouvi isso, achava que o humorista estava a falar da banda das três ordens, mas reli o meu antigo texto e não, a Ordem do Infante Dom Henrique não é entre as três ordens. Que raios? Quantas ordens existem neste país? Segundo a Wikipédia, é uma ordem honorífica cuja filiação é composta de pessoas que renderam serviço à República no estrangeiro ou na expansão da cultura portuguesa. Quando li isto, entendi a imagem que ilustrava o Podcast daquele dia. Suponho que o RAP está a exibir a medalha que acaba de atribuir ao Marcelo!

In between writing this and publishing it, I noticed a video from Mia Esmeriz that dropped on the tenth of March, just before the merda hit the ventilador, in which she talks about Isto é Gozar com Quem Trabalha, so here’s a link for anyone who wants it.

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The Dark Night of the Poll

Pardon my English. I wrote a slightly bland Portuguese text earlier, wishing the new government well because, no matter what happens, that’s what we should always hope after any election, but the more I find out, the worse it seems.

I’ve been to visit my daughter so I spent most of the day on a train, trying to work, all squished up between a window and some big geezer, so I had only really caught snatches of what happened. The first thing I looked at when I woke up said the Socialists were ahead, but that turned out to be bollocks. Well not bollocks, but it must have been a cached page from earlier in the night. More up-to-date sources said the Aliança Democrática had won by a super-narrow margin, but although I could see the percentages were all roughly in line with the polls, the big shock was how many deputados Chega picked up. I knew it was grim, but when I was finally off the train, I listened to a podcast that spelled it out in more detail and it’s bloody awful. They’re still only in third place, but they got 48 seats, about a quarter of the parliament.

The actual winner isn’t decided yet, because it’s not like a British election where you find out who has won basically straight away; some of the overseas votes haven’t been counted and the president will only name a prime minister after that. Luís Montenegro, the likely PM, has assured everyone he won’t cooperate with Chega, but… Well, it’s hard to see how he can keep that promise, since even with the IL on his side he is well short of a majority. Likewise if the Socialists were to do a deal with the Bloco Esquerda, the Partido Comunista Putinista and Livre to form a sort of “Geringonça 2”, it wouldn’t secure 50% either. So Chega look like they hold a lot of power right now, like some sort of evil version of the Lib Dems in 2010. Ventura has been waving his dick around proclaiming victory, and everyone else is pretty depressed.

Part of the problem seems to have been that another, completely irrelevant right-wing party, the ADN, got a lot of votes intended for the AD, so they went from 11,000 votes to more like 100,000. This transfer of a huge block of votes away from the centre right caused the AD to lose a lot of marginal seats it would otherwise have won. Seen in this light, Montenegro’s decision to form the AD doesn’t seem so clever, doesn’t it? Gain 2 deputados from your new ally, lose christ-knows-how-many potential seats for your own party. What a master-stroke.

But it’s fair to say that even without that anomaly, any vote that sees a bunch of fart-sniffing yahoos like Chega gain one million votes should give us all pause.

I don’t really have anything intelligent to say about all this. Being an optimistic soul, I can imagine a way through all this that leads to a positive outcome, but the negative outcomes seem more likely, and I don’t know anything anyway, so if I waffle on, it is only going to create a lot of pointless noise.

Sigh.

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🤞

Tendo falado tanto da política, estou quase tão interessado no resultado das legislativas (amanhã!) como estou no resultado da votação no meu país daqui a uns meses.

Segundo as sondagens mais recentes, o PS ultrapassou o AD brevemente mas o AD retomou primeiro lugar logo depois. Ambos os partidos principais têm menos de 30% cada um, e o Chega tem 17%. Falei com uma amiga nas redes sociais (cujo ponto de vista é muito mais esquerdista do que o meu) e ela acha que uma coligação AD/Chega é pouco provável e espero que tenha razão porque aquele gajo é insuportável.

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Night of D’Hondter*

A minha semana política já acabou mas ando a descobrir mais sobre a democracia em Portugal. Falei com uma amiga que explicou o seu raciocínio sobre a votação nas legislativas. Ela não está muito entusiasmada sobre o leque de opções, mas vai votar no PS, principalmente porque ela não quer deixar entrar um candidato do Chega por causa do Método d’Hondt.

Este método é um sistema de votação, inventado por um jurista belga que visa distribuir os mandatos entre os partidos. Tentei ler a página da Wikipédia mas confesso que adormeci após dois parágrafos. Que grande seca! Efetivamente, é uma forma de representação proporcional que é mais limitada do que os outros sistemas disponíveis. Favorece os partidos grandes e as coligações e dá poucas oportunidades aos grupos nas franjas dos sistemas partidários. Se quiseres saber mais, terás de ler o texto na Wikipédia porque falta-me a paciência!

*I can’t tell you how many potential puns I considered before settling on this one “D’Hondt you want me baby?”, “Papa D’Hondt Preach”, “Penny MorD’Hondt” and on and on. In the end, it was the idea of the graphic that swung it for me. If you haven’t seen Robert Mitchum in “Night of the Hunter”, it’s well worth a watch.

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A Semana Política – As Elites Sujas e os Populistas Limpinhos

Há uma crise no ocidente, que, segundo o jornalista Miguel Sousa Tavares “Não é apenas uma deriva política, mas sim civilizacional”: o crescimento da extrema-direita. Acho que não tenho de explicar este fenómeno, porque todos nós já vimos o triunfo do Trump, do Brexit, de Viktor Orbán, entre vários outros. Não há dúvida de que existe mais que um grão da verdade nisto: a falta de confiança na classe política está a impedir os países de agir de uma maneira coerente portanto há uma oportunidade para a extrema-direita explorar.

Rui Tavares
Counterpoint to the idea that voting left avoids ending up with a governemt that is in cahoots with Putin-fondling extremist weirdoes

Tenho uma pequena discordância com o jornalista (ou pelo menos com o seu argumento neste texto): a divisão não é só entre a esquerda e a direita mas entre os que acreditam no sistema democrática e os populistas que querem derrubar tudo. Também há populistas na ala esquerda, que fala do ocidente como se fosse uma fantochada dos Estados Unidos, permanentemente manchado por imperialismo e privilégio e governado pelo “um por cento” sob controlo dos jud… hum, desculpa camarada, queria dizer “dos sionistas”. Mas ainda que esta espécie de populismo exista e esteja a crescer inquietantemente, a curto prazo, concordo que vivemos sob a sombra do crescente poder eleitoral dos partidos da extrema-direita.

A ameaça principal em Portugal vem do Chega, um partido fundado por André Ventura. Ventura tem muito em comum com o Trump: antigamente era uma personalidade televisiva; não se importa com as regras de decência; finge ser cristão; sabe o valor de um insulto afixado ao nome de um inimigo; é fã de vários ditadores estrangeiros como Salvini*, Bolsonaro e Orbán. Mas há diferenças também. Por exemplo, é mais novo do que Trump e como resultado não tem sintomas de demência; não tem ar de quem só queira ser aplaudido e como resultado faz mais esforço para planear o seu empenho num debate, e tanto quanto sei, por ter visto vídeos mais antigos, está a tornar-se mais competente no campo de batalha política.

Os populistas, em geral, exploram três espécies de problema:

  • Problemas difíceis, aos quais eles oferecem soluções fáceis: crime (penas aumentadas, enforcamento), imigração descontrolada (deportação, construção de muros), desemprego (serviço militar, mais deportações), desmoralização do povo (controlo da educação, aumento do poder da igreja), desigualdade (impostos maiores que curiosamente nunca afetam os seus amigos).
  • Problemas imaginários (ou seja teorias de conspiração): vacinas que contêm grafeno, uma rede de pedófilos sediada num restaurante de pizza em Washington DC; políticas que visam substituir os europeus por muçulmanos, milhares de dólares enviado por George Soros para Rui Tavares comprar roupas femininas… ou… ou seja o que for.
  • Corrupção dos membros da classe política. Claro que um escândalo que mostra uma falta de honestidade em alguns governantes do país põe em causa a confiança do povo na classe política. Há vários casos que lançam sombras nos políticos dos dias de hoje, entre eles:
    • O Processo Casa Pia – um deputado do PS esteve entre os acusados num processo contra os donos de um lar para órfãos. As alegações eram nojentas. Ocorreu há muito, mas pelo menos um amigo do deputado, Eduardo Ferro Rodrigues foi, até recentemente, presidente da assembleia da república e foi insultado como “pedófilo” durante uma manifestação contra as vacinas por causa disto.
    • O Caso Tutti-Frutti – Uma investigação sobre o funcionamento de listas de candidatos, incluindo abstração de finanças partidárias, tráfico de influência, branqueamento de capitais e outros esquemas nas eleições autárquicas de 2017. O processo está ainda em andamento e o político mais graduado nomeado até agora é Fernando Medina, o atual ministro das finanças. O próprio André Ventura está entre os acusados (naquela altura era vereador do PSD),
    • A Operação Marques – Um escândalo em torno de 23 milhões de euros obtido por um amigo do ex-primeiro-ministro José Sócrates, que a PSP acredita terem sido obtidos por Sócrates por métodos corruptos. Confesso que não entendo os pormenores porque há muitos mas o caso foi espoletado em 2014 mas ainda está em andamento e o político foi demitido e depois passou 9 meses em prisão preventiva, mas ainda não foi processado.
    • A Operação Influencer – Este é o escândalo mais recente, desencadeado em Novembro do ano passado, que deu cabo do governo de António Costa. Costa demitiu-se mas continua no seu posto até após as eleições em Março deste ano. As alegações têm a ver com grandes projetos de engenharia: Uma mina de lítio, uma fábrica de hidrogénio verde, e o que a Wikipédia chama um “data center” (“data centre” em inglês não-americano, “centro de dados” em português). António Costa ainda é alvo de investigação. Entretanto, o seu chefe de gabinete, Vítor Escária, está entre as 5 pessoas detidas, e o seu ministro das infraestruturas, João Galamba, foi constituído arguido.
Vítor Escária, (mentioned in that last bullet point), is the fella who had €75,800 stashed in the sideboard in his office, thus sparking this amazing Ikea ad and, by extension, any other furniture-related political ads made since.

Podemos descontar a validade do segundo destes grupos de problemas porque são produtos da imaginação coletiva da internet e não há nada a fazer exceto educar o povo em como ignorar tais bitaites. Mas quanto aos outros, como se combatem?

Dificilmente.

Convém lembrar que, por mais que os populistas finjam saber as soluções, sabem pouco, e não conseguem resolver os problemas que nos enfrentam. Igualmente, podem apontar os erros de determinados membros da classe política, mas uma vez que ganham poder, os populistas derrubam as instituições que impõem restrições no poder executivo: a imprensa, o sistema judiciário. Em breve, a corrupção desaparece dos jornais, não por ser eliminada mas sim porque é invisível: não há jornalismo independente e os tribunais também estão sob controle do governo.

Romeu Monteiro e Jovens de Portugal
Prominent IL activist uncovers apparent attempt to drive polarisation by sowing mistrust of the centre

Isto tudo é muito pessimista, não é? Mas não desesperem: apesar de não ter desempenhado bem nos debates** a AD está tão à frente do PS*** que provavelmente ganhará com uma maioria, em coligação com a Iniciativa Liberal, sem precisar de se juntar com o Chega****. Espero que os partidos perto do eixo político aprendam as lições de populismo: comecem a escutar a voz do povo e a serem impecáveis na sua conduta para acalmar a raiva dos eleitores e diluir o veneno do populismo.

* Na versão original deste texto, inclui Vladimir Putin nesta lista mas foi um erro. No debate com Rui Tavares, o líder do Livro afirmou que “O líder de referência de André Ventura tem como referência Vladimir Putin”, que não é igual a dizer que o Ventura é fã do ditador próprio (ref Polígrafo)

**Ao contrário do que eu disse, acho que a maior parte dos comentadores acham que o Luís Montenegro perdeu o debate com Pedro Nuno Santos!

***Agora que penso nisto, não é muito confortante para os militantes do PS… desculpem!

****Porque é que isto é relevante? Havia muita especulação sobre alianças eleitorais e muitas pessoas acusam o PSD de cumplicidade com os “farcistas”. É um pouco hipócrita – o PS colaborou com o PCP, um partido que apoia a Rússia – mas é assim a política!

Coitada de Anfitriã…

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A Semana Política – Os Partidos

Há dois anos, criei um blogue intitulado Fight for Your Right to Partidos com um documento no qual juntei tudo o que sabia e tudo o que encontrei sobre o sistema político em Portugal. Mas uma semana é muito tempo na política e dois anos são ainda mais tempo. O país está a preparar-se para uma nova eleição legislativa, portanto chegou a hora de atualizar a descrição.

Os dois principais partidos no sistema português são o Partido Socialista, fundado em 1973 por Mário Soares, que evoluiu ao longos dos anos de um partido revolucionário a um partido democrático do centro-esquerda semelhante ao partido trabalhista britânico antes da época de Tony Blair, e o Partido Social-Democrata, que nasceu logo depois da Revolução dos Cravos e foi fundado por Francisco Sá Carneiro, entre outros. No espectro português, situa-se ao lado direito, mas sem dúvida seria considerado esquerdista se fosse um partido americano! O antigo partido da direita, o CDS-PP, fundado por Diogo Freitas de Amaral, o antagonista de 1986, a série, quase não existe; apesar de ter 79000 membros, ficou sem representação parlamentar nas últimas eleições. No seu lugar, surgiu o Chega, que tinha 1 deputado em Setembro de 2021 mas já tem doze. Vou falar mais neles num outro blogue.

Uma vez que não consigo resumir a plataforma eleitoral de todos os partidos, foquei-me nos mais importantes (os que têm representação parlamentar) e coloquei uma ligação ao manifesto de cada um para quem quiser saber mais.

Aqui está a nova versão

Thanks very much to Cristina of Say it in Portuguese for all the help with this one. The document is hooj, and I really appreciate the time taken.

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Preguiça e Política

Estou a perceber que estou numa fase de preguiça: escrevi muitos blogues nas semanas passadas que tratam de aprender português, mas são escritos neste idioma feio chamado “inglês” que nem sequer distingue entre “estar” e “ser”. Chegou a hora de escrever mais na língua de Camões* e menos na língua do Shakespeare.

Na próxima semana, pretendo fazer um projeto sobre a política portuguesa. Vem aí umas eleições legislativas. Planejo escrever um texto por dia. Esbocei uma agenda:

  • Ouvir uma debate entre dois líderes dos partidos principais (escolhido de modo aleatório desta série) e tomar notas durante a conversa
  • Discutir os problemas dos jovens em Portugal, segundo este artigo.
  • Discutir uma política menos central à agenda nacional, mas que tem paralelos com outros países ocidentais – identidade de género – porque estou interessado no atual formulação do género e o seu progresso dos EUA para o resto do mundo e há um novo decreto-lei que é semelhante a um lei proposto pelos nacionalistas escoceses no meu país
  • Transcrever um breve discurso de um líder dum partido menor: estou a pensar em Rui Tavares porque li um livro dele e imagino-o como um “pai centrista” português. Encontrei um vídeo dele a falar sobre a democracia. Dois minutos. Vamos a isto!
  • Resumir o escândalo na ilha mais bela do mundo
  • Resumir o escândalo inacabável do resto do país e as estantes por todo o lado
  • Atualizar este blogue de 2019 dando mais informações sobre os partidos principais e falar sobre o aumento de poder dos partidos populistas ou simplesmente esquisitos que estão a explorar a crise política

E quem sabe, se calhar, pode continuar após o fim de semana

*De vez em quando, acho que estou quase a ficar acostumado a este teclado mas acabo de passar um minuto a tentar escrever Camões com o til no E. Ainda bem que não me permitiu porque o meu pedido de dupla cidadania teria sido cancelado!

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Tino de Rans

Here’s a text and some supporting blather about Tino de Rans. Thanks to Dani_morgenstern for the corrections and to about half of Portugal who explained what his name meant.

Falei há uns dias sobre termos ido a um restaurante celebrar o aniversário da minha cunhada. O restaurante chama-se “O Tino*” é, ao que parece, é bastante famoso. Dois dias depois da nossa visita, o Pep Giardola jantou lá. Li a página dele no Facebook e reparei numa foto do dono com o Vitorino Silva, também conhecido por Tino de Rans.

O tipo** em questão é um ex-autarca do partido socialista na freguesia de Rans em Penafiel, a sua terra natal. Ao final de 16 anos, desfiliou-se do partido e concorreu como independente desde 2009 até 2019, (incluindo como candidato nas presidenciais de 2016) e acabou por estabelecer um novo partido, o RIR (“Reagir, Incluir, Reciclar”)

A sua entrada no palco nacional deu-se*** em 1999 quando abraçou o António Guterres (naquela altura, Primeiro Ministro da República, atualmente Secretário Geral das Nações Unidas) depois dum discurso acalorado. Tornou-se uma figura mediática: lançou uma autobiografia, participou em programas de notícias e de entretenimento (incluindo vários “reality shows” como o Big Brother). Até lançou um disco chamado “Tinomania”.

Apesar de não ter ganho mais do que uma fraçãozinha da votação nas presidenciais de 2016 e 2021 e apesar de se ter demitido da liderança do partido há uma semana, o Tino tem uma reputação de ser honesto e simpático.

*I was rightly criticised for not addressing the fact that both the restaurant and its patron are both called Tino, so I’ve rewritten it a bit to clarify. Yes, it’s just a coincidence. He doesn’t own it or anything as far as I’m aware.

**I keep using “gajo” but I think maybe tipo is nicer.

***I just wrote “começou” here but this suggested improvement is nice.

Tino de Rans
Tino de Rans & RIR

I wondered about the guy’s name. Tino de Rans? Wha’? I know Tino is a word so I looked it up and asked the following question on r/portuguese

Tino

Há 3 formas desta palavra.

(1) Juízo /ideia/tacto (2) acto de tinir (3) vaso em forma de pipa cortada pelo meio

Quando o Vitorino Francisco de Rocha e Silva refere-se a si próprio como “Tino de Rans”, o que é que ele quer dizer? Rans é uma freguesia, não é? Então…

O juízo de Rans? (homem sagaz de Rans???)

O som vibrante de Rans?

O meio-pipa de Rans?

(nota bem: esta pergunta não é motivada por odeio do senhor Silva. Não sou TdeRansfóbico)

Of course, this was a stupid question. So much so that someone even thought I was trolling. Tino is just a diminutive name, meaning Vitorino (although it can also be short for Constantino or about half a dozen other names) so he isn’t the wise man of Rans, he’s just Vicky from Rans. Well OK then!

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O Professor Que Não Sabe Ensinar

Acabei de ler um artigo no site do SIC Notícias que conta a história dum professor chamado Francisco Aguilar. O senhor acha que está a ser “perseguido” e “eliminado socialmente” porque a faculdade de Direito abriu um processo disciplinar pelo facto de ele estar a ensinar várias coisas tais como “o feminismo é algo parecido com o nazismo”.

Pois, é possível que a notícia seja exagerada. Havia muitos exemplos de professores a serem perseguidos por terem questionado uma ortodoxia que surgiu há cinco minutos no campo dos estudos de género, ou qualquer pecadinho que põe os cabelos azuis dos estudantes em pé. Mas o que me espantou, neste caso é que este homem, em vez de se defender, pediu asilo a “vários países incluindo à Rússia”. Muito bem, meu rapazinho, vais ter mil vezes mais liberdade na Rússia do que em Portugal!

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António Costa

António Costa nasceu em 1961 em Lisboa. A sua família tem raízes em goa, e na França. O seu pai era escritor e militante do partido comunista goês, portanto o jovem António ficou interessado na política. Filiou-se com a juventude socialista em 1975, uma época muito conturbada logo depois da revolução contra o fascismo e com o “espetro do comunismo” a assombrar o país.

António Costa explains Zeno's paradox with the aid of a Ferrari and a Donkey
Costa (holding the flag) in his finest hour

Durante os anos oitenta, Costa, já licenciado em direito, começou a sua carreira política. Foi eleito à câmara municipal de Lisboa e desempenhou vários cargos no partido nacional como por exemplo, diretor da campanha de Jorge Sampaio para a liderança do PS. Mas foi em 1993 que ganhou a atenção do povo, durante a sua campanha contra a CDU* nas legislativas. Apesar da sua candidatura não obter êxito ficou famoso durante a campanha por ter organizado uma corrida entre um burro e uma Ferrari à hora de ponta (spoiler alert, o burro acabou por ganhar)

Ao longo dos anos, o Costa cumpriu vários papéis nos governos de António Guterres (nos anos noventa) e de José Sócrates (na primeira década deste século) e também no parlamento europeu e como presidente da câmara municipal lisboeta. Em 2014, passou a ser líder do partido socialista e um ano mais tarde tornou-se primeiro-ministro do país, como cabeça do partido com mais votos do que os outros (apesar de não ter maioria absoluta) em coligação com dois partidos à sua esquerda. Ainda é** primeiro-ministro*** neste governo atual com maioria absoluta

*I guess I thought that this would be masculine because it’s a political party (partido) but the C stands for Coligação apparently.

**One of those situations where a temporary state (being prime minister) is nevertheless permanent enough, and enough of a defining quality of who a person is, rather than what they happen to be doing, that it takes ser not estar

***The hyphen is mandatory in the Acordo Ortográfico