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Coming Soon #5: Antonio Zambujo & Miguel Araújo

Já falei destes gigantes da música portuguesa, mas para fechar com chave de ouro esta série sobre música portuguesa em Londres, deixa-me lembrar-te que António Zambujo e Miguel Araújo vêm tocar ao Union Chapel, um dos palcos mais bonitos e pacatos de Londres em Julho. Já vimos o Zambujo no mesmo sítio há alguns anos e o Araújo em… hum… noutro sítio qualquer e gostámos de ambos imensamente, portanto estamos muito entusiasmados com a hipótese de ver os dois juntos este ano.

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Coming Soon #3: Tiago Nacarato

Tiago Nacarato é um homem interessante. Que eu saiba, não é Brasileiro mas tem parentes de lá. Mas apesar de ser portuense… ora bem, basta ouvir o gajo. Soa-te portuense?

O cantautor* vai tocar em Abril no Jazz Café em conjunto com o violonista** nordestino Cainã Cavalcante no mesmo palco aconchegante onde assistimos ao espetáculo de Carolina Deslandes em 2024 e traz mais 2 tugas consigo: Raquel Martins, a guitarrista inovadora que apareceu com a Carolina Deslandes. e Mimi Froes, cujo nome parece necessitar um til mas realmente se escreve assim. Ela participou na segunda temporada da série “Factor X” mas nem sequer terminou no Top 3. Tem muita influencia do jazz e já colaborou com Rui Veloso. Acho a música dela mais divertida e mais ‘tuguesa do que a do Tiago! Seria mal educado ir vê-la mas sair antes de os artistas principais subirem ao palco?

* The spellcheck on my laptop doesn’t like this word, but it exists in Priberam. I stole it from the RTP profile. It’s obviously a portmanteau of cantor and autor. So, singer-songwriter, basically.

**This word threw me for a loop when I first saw it. Violonista = someone who plays the violão, which looks like it must be some sort of viola or double bass, but it’s not, it’s another name for a guitar – especially in Brazil

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Coming Soon #1: Ana Moura

Além do humorista sobre o qual falei ontem, 2025 promete ser um ano cheio de música portuguesa aqui em Londres portanto decidi resumir as opções numa sequência de blogues. Hoje, viro-me para Ana Moura, uma das fadistas mais famosas nos dias que correm.

Já assistimos a um concerto dela no Barbican Centre em 2016. Aquele palco tem uma reputação de apresentar artistas muito prestigiados. É um sítio onde se encontra alta cultura e arte. Quando voltar à cidade, no dia 13 de Março, ela cantará no Electric Brixton, um espaço mais conhecido por música urbana. Não estou a criticá-la: aquele palco também é, à sua maneira, bastante prestigiado mas pergunto-me se isto representa um novo posicionamento no mundo musical: a sua apresentação é mais “pop” e mais palatável ao mercado internacional. Vê, por exemplo, a faixa mais recente dela, “Desliza“.

Dito isso, a senhora ainda sabe ser fadista, como podes ver neste vídeo!

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Portuguese Comedy in London

Looking at Guilherme Duarte’s website yesterday, I noticed that he’s actually playing a show here in London later this year. He’s at the Leicester Square Theatre on the fourth of November. I don’t think I’ve seen Portuguese comedians including London dates in their tour schedule before, and I’m not really sure how he’s going to be able to fill the room on a Friday night, but I am definitely going to see that!

A few days later, I have tickets to see Dulce Pontes at Cadogan Hall. That was originally scheduled for 2021.but it was delayed due to covid. November is going to be a good month for Portuguese culture in the capital.

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In Da Club

Looking at Anglo-Lusitanian clubs and societies in London to see if there are any that might be worth joining. There’s a complete list here of all clubs for lusophones in the UK, but I’m going to list the ones that are most interesting for general interest (ie, not just football of cod-admiration) in London and that don’t look defunct (e.g., if their websites only have events in the past I’m not botherin’.

Anglo-Portuguese Society – events and speeches. Quite posh. £49 to join

Academia do Bacalhau – seems to be inactive judging by how out of date its events are but you need to click on the link to see their amazing logo

Grupo Típico Português – It’s a bit full-on for me but might be of interest to some

Portuguese Chamber of Commerce – Networking for business people

Little Portugal – Not really a club as such but an interesting little project about Portuguese people in London.

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Não Estou A Deitar Fora O Meu Tiro

Ontem à noite, eu a família fomos ao teatro Victoria Palace para vermos uma apresentação duma peça de teatro chamada “Hamilton”. Para quem não sabe, trata-se de um musical americano que conta a história de Alexander Hamilton, um dos participantes na revolução contra os ingleses*, que passou a primeiro Ministro das Finanças daquele país depois da guerra. Foi escrito por Lin-Manuel Miranda, que também escreveu a música de várias outras obras, incluindo o Moana da Disney. Já conhecíamos todas as músicas da banda sonora e já adorávamos todas mas não estávamos preparados para a maravilha de ver o espectáculo inteiro no palco.

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Como devem saber, no elenco da peça, há um único actor branco – o Rei Jorge Terceiro. Todos os outros são negros, hispânicos ou de raça mista. Isto deixa a história tornar-se um veículo para vários pontos políticos sobre a história do país e o seu povo, de imigração e liberdade. É simultaneamente uma crítica ao país, um grande elogio a ele, uma lição de cidadania e muito mais! Aqui em Londres, donde vinham os “vilões” da peça, Hamilton, o herói foi protagonizado por Jamael Westman, um actor bastante novo. Na produção original em Nova Iorque, toda a gente era americana, e o único inglês – o rei – precisou de falar com um sotaque diferente, mas neste caso, Hamilton, Burr e o resto da companhia teve que falar com sotaques estrangeiros, e apenas o Rei pôde utilizar a sua própria voz. Gostei sobretudo do Burr (um dos maiores antagonistas, e também o narrador) e a Eliza, mulher de Hamilton, mas todos representaram muito bem: dançaram, cantaram e fizeram tudo com uma precisão perfeita. Foi tão dinâmico, tão bem feito, que embora conhecêssemos a história e as canções, ficámos boquiabertos. Chorámos, rimos, batemos palmas sem fim. A minha filha apaixonou-se pelo Philip (o filho) e 3481 lençóis de papel ficaram molhados de lágrimas.

Enfim, gostámos do espectáculo.

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*=Quando fizeram o terrível erro de sair do nosso império pacífico e benevolente. Não faço ideia porquê. Já que elegeram o Trump, talvez sintam arrependimento. Se pedirem, ainda consideraremos deixá-los entrar novamente. Não é tarde demais para mudarem de opinião.


Muito obrigado pela ajuda Fernanda

In case anyone’s wondering about the title, it’s a pointlessly literal translation of the phrase “I’m not throwing away my shot”, but it’s more like “I’m not throwing my gunshot in the bin” rather than “I’m not wasting my chance”, which would be more like “Não vou desperdiçar a minha oportunidade”