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Lisboa – A Cidade Mais “Cool”

(This is old, old news, which I’ve had on my “stuff to write about” for over a year)

Lisboa permanece na lista de “18 melhores sítios para visitar em 2018” de CNN mas já não vi o anúncio de “cidade mais fixe” deste ano. Em 2014 e novamente em 2017, Lisboa ganhou essa honra. Havia 7 razões pela decisão:

  1. Os bares e restaurantes ficam abertos ainda mais tarde do que os de Madrid, e a vida nocturna é bastante gira
  2. Há tantos restaurantes e tascas onde se servem cozinhas interessantes*
  3. Há um grande sentido de ironia e melancolia. Citaram um dito de Fernando Pessoa “Tinha-me levantado cedo e tardava em preparar–me para existir”.
  4. Existem muitos sítios históricos tais como castelos, palácios e a Torre de Belém, mas além disso, também existem praias bonitas.
  5. Desde os pormenores dum rótulo duma garrafa de vinho até os edifícios mais altos, quase tudo em Lisboa mostra um estilo muito elegante.
  6. Há um património rico de arte, e museus em toda parte.
  7. Até as ruelas têm um ar fascinante. Dar um passeio através da cidade a ver as portas, as paredes e os azulejos é mesmo divertido

*=interesting cookings not interesting cooking

lisboa

 

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Diálogo num Café

Às 8 horas
Empregada: Bom dia senhor, faça favor.
Cliente: Bom dia, um abatanado por favor e… mais um para o meu amigo o Senhor Pessoa.
Empregada: O senhor é muito engraçado. Mais alguma coisa?
Cliente: Sim, um pãozinho com manteiga e compota por favor.
Empregada: Muito bem
—mais tarde—-
Empregada: Aqui está
Cliente: Obrigado, e quanto é?
Empregada: São 2,16 €
Cliente: Ah, deixe-me pensar… Meu deus! É equivalente a £7.56!
Empregada: (Eu) não faço as regras… vocês votaram para o Brexit.
Cliente: Sim, é justo. Eis o dinheiro.
Empregada: Obrigada.

Às 13 horas
Empregada: Boa tarde, senhor.
Cliente: Bom dia outra vez! Está na hora de almoço. Eu e o meu grande amigo o Senhor Pessoa…
Empregada: Ó senhor, por favor, quase não consigo respirar…
Cliente: …queríamos experimentar as comidas de Lisboa. Que recomendas?
Empregada: Muitos turistas gostam da nossa sandes mista com pão de deus…
Cliente: Excelente! Vamos experimentar isso!
Empregada: Muito bem.
—mais tarde—
Empregada: A sua sanduíche, senhor.
Cliente: Muito obrigado. Pago já. Quanto é?
Empregada: São 2,16€
Cliente: Um momento, vou verificar a taxa de câmbio… meu deus! É equivalente a £34.27!
Empregada: Lamento que o senhor tenha razão. A libra continua a cair relativamente ao Euro.
Cliente: O que é que fizemos!? Ora… eis o dinheiro.
Empregada: Obrigadíssima.

Às 19 horas
Cliente: Olá bom dia! Já voltei!
Empregada: A minha vida está cheia de alegria por rever a sua cara mais uma vez.
Cliente: Obrigado. Ora, apetece-me um prato de bacalhau com natas.
Empregada: Mais alguma coisa?
Cliente: Hum… Sim, uma imperial também por favor.
Empregada: Sagres ou Super Bock?
Cliente: Super Bock, sem dúvida.
Empregada: Com certeza.
—mais tarde—
Cliente: Á, obrigado. A conta, por favor.
Empregada: São €2.16
Cliente: Hum… meu deus! É equivalente a £543.62!
Empregada: Talvez o senhor queira pedir o pequeno-almoço para amanhã de manhã para evitar a próxima queda?
Cliente: É uma boa ideia. Que achas o Fernando?
A Estátua: (Nada diz)

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Como adivinhou que sou um Turista…?

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Interlude 3: Gentrificação e Turismo

É sempre fácil de esquecer que as forças que conduzem o crescimento e a mudança da nossa própria cidade agem em outras cidades porem toda parte. Por exemplo, notei ontem as diferenças entre as áreas de Lisboa onde há muitos turistas e onde não há nenhuns.
Algumas diferenças são positivas, claro: apartamentos, hotéis, lojas, tudo tinham sido renovados, mas outros aspectos na mudança são mais problemáticos. Por exemplo, sinais escritos em inglês*, lojas cheias de produtos horríveis, e há áreas da cidade onde o ambiente turístico fica tão chato que adivinho que um lisboeta não queira ir.
Os académicos que têm feito estudos da gentrificação dizem-nos que o processo dá benefícios a uma cidade, mas acho que, quando for acompanhado pelos turismos pode prejudicar o carácter da cidade. Neste caso a responsabilidade para evitar danos é com o governo local e com os turistas.

 

*=este frase foi disputada em italki. A minha resposta foi assim: Pode ser não queria dizer “sinais”. Estava a pensar em nomes da varias lojas, texto nas ementas e coisas deste tipo. Por exemplo, no meu blogue, mencionei este mercado, designado “Time Out Market” em vez de “Mercado da Ribeira” ou “Mercado do tempo a fora” ou qualquer nome portuguese.

time-out Alguns Lisboetas jantam lá, pois claro, mas parece um “tourist trap” e confesso que tomámos um almoço e um pequeno-almoço ali durante as nossas férias. Uma empregada disse me que uns clientes zangaram consigo porque não falou bem inglês. É normal que espaços deste tipo vai crescer numa cidade com muitas turistas, mas é saudável…? Hum….

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Interlude 2: A Lavandaria

Muitas pessoas têm-me pedido* “Estimado Senhor Colin, conte-nos mais sobre a sua vida em Lisboa hoje em dia”
Então, eis a história da lavandaria.
Ora, não trouxemos muita roupa connosco no avião. Por isso, depois de três dias, as minhas calças tinham começado a cheirar mal. Não gosto de estar sujo, então fui à lavandaria perto do apartamento em Alcântra. Não tinha usado uma lavandaria desde que era estudante. Custou uma libra lavar as calças, cuecas e quaisquer outras coisas. Duas moedas de vinte “pence” fizeram ficar a roupa quase seca e depois voltei a casa para colocá-las nas costas da cadeira para terminar. Hoje em dia é mais complicado. Na lavandaria “Speed Queen” existe um ecrã para governar o movimento das máquinas lava-roupas, e o pagamento mínimo é de 3,50€ para lavar e o mesmo para secar. Coloquei um euro para o detergente e o processo inteiro custou 8€!

Se a lavandaria fosse tão caro quando era jovem eu teria comprado uma máquina de lavar roupa.

 

 

*uma mentira.

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Interlude 1: Algures em Lisboa…

Enquanto ficamos em Lisboa, arrendamos um pequeno apartamento em Alcântara perto da ponte 25 de Abril. Tem apenas um quarto mas há também uma cama na sala de estar, debaixo do sofá (muito obrigado Ikea!)
As paredes são decoradas com colagens e decalques, e há muitos livros antigos nas prateleiras que dão um ar sofisticado ao espaço. Encontrámos uma cafeteira, um secador do cabelo, e um microondas mas, em contraste com um hotel, não há sabonete e quase não há papel higiénico. Não faz mal, existe um supermercado (o “pingo doce”) perto daqui.
A nossa senhoria parece simpática. Os seus prévios clientes deixaram notas de agradecimento afixadas no frigorífico.

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Férias Dia 5: Adeus Lisboa

Finalmente chegou o quinta e último dia de férias. Tem sido um período curto mas feliz, as nossas primeiras férias fora do país desde que a Olivia era pequenina.

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A bandeira #portugal #lisboa #Portuguese #flags

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Começamos com o pequeno-almoço num café, onde encontramos um empregado que acabou por trabalhar em Inglaterra. Depois, fomos ao terminal do “Transtejo” – um barco através do rio. Havia um rapaz em frente de mim na fila, que zangou-se com o funcionário que vendia os bilhetes mas enfim comprei três e embarcamos.

No outro lado do rio, andámos à beira até um elevador e depois andamos mais até chegarmos à estátua do Cristo Rei (acho que é alcunha para “Cristiano Ronaldo”) no caminho, passámos em frente de vários grafites.

A vista do topo da colina era impressionante. Conseguimos ver a cidade toda, o rio e a ponte 25 de Abril

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São golfinhos verdadeiros?

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Tendo voltado ao lado de Lisboa, comprámos o almoço no mercado da ribeira. Tive comi um prego e a Catarina e a Olivia comeram bolos de bacalhau. O empregado insistiu em falar inglês,  apesar do facto que eu respondi em português. Eu queria dizer “Olha, meu, estamos em Lisboa, não em Hemel Hempstead!” Então visitámos uma outra estátua: a do Marques de Pombal, o fidalgo louco que reconstruiu Lisboa após do terramoto de 1755. Na estátua há um leão ao seu lado, tipo de Vladimir Putin.

Regressámos ao apartamento por volta das cinco horas para arrumar as malas e as mochilas. Vamos adormecer muito cedo com despertadores a marcar as três da manhã. Vai ser uma pena…

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Férias Dia 2: Lisboa Não é a Cidade Perfeita

Acordamos muito tarde de manhã. Estávamos tão cansados. Fomos ao “LX Factory”  debaixo da Ponte 25 de Abril em busca do pequeno almoço. Encontramos um café bonito. Comemos várias pãozinhos e tentei lembrar-me de como pedir o café perfeito (assim: A-BAT-AN-A-DO)

Após de comer, saímos de eléctrico para Belém. Como chovia, trouxemos os chapéus-de-chuvas e casacos. Fizemos várias “selfies” e fotografias dos sítios antigos da história portuguesa: a torre de Belém, o Mosteiro dos Jerónimos, o Padrão dos Descobrimentos e sobretudo o interior do café dos Pastéis de Belém.
Oh.

Meus.

Deuses.

Não há nada como isto em todo o mundo.

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#PoesiaEmCafes

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O desafio do dia era tentar falar português sem ser interrompido pela Senhora Lusk. Ela estava tão entusiasmada de estar no meio de outros lusófonos, que começou a falar a cada oportunidade. Estranhamente, acho que falei menos português no dia inteiro do que falo num dia normal em Londres, através do Hellotalk e do Skype!

https://www.instagram.com/p/BL8wEcWBSJv/ 

Então, andámos de  elétrico mais uma vez. Chegamos ao centro comercial. Subimos no Elevador de Santa Justa e passei umas horas a explorar as ruelas.

https://www.instagram.com/p/BL9GevChS_V/ 

Finalmente, voltamos para casa, deixamos cair as malas e saímos outra vez para jantar. A empregada era brasileira que foi difícil para mim. Não podia entender o que ela disse, porque estava a tapar os meus ouvidos para não ouvir o seu sotaque. Mas a comida estava saborosa de certeza.

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O jantar já terminou

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Férias Dia 1: O Medo de Voar

Saímos de casa ao meio-dia para chegar ao aeroporto (Gatwick) às 14 horas. As regras para entrar no avião são muito mais complicados do que no meu voo mais recente. Aquele foi nos anos noventa, antes do ataque por terroristas muçulmanos em Nova Iorque.

Ora, confesso que tenho medo de voar. É por esta razão que a minha filha já não visitou a terra da mãe. Mas vem um dia em que todos devemos de dizer “tenho medo, mas vou fazê-lo apesar disso” e para mim, hoje foi o dia.

O voo correu bastante bem. O meu doutor deu-me quatro comprimidos para a ansiedade – dois para ir, dois para voltar, mas apenas tomei um e acho que teria sido capaz de não usar nenhum. Vi um filme e tentei dormir com um bocadinho de sucesso! Senti-me preocupado durante a turbulência, mas não entrei em pânico.

Quando aterramos já era tarde. Os restaurantes estavam fechados, com excepção do “Burger Ranch”. Comprei três hambúrgueres nojentos e três latas de sumol e levei-os para casa. Comemos algo e deitamo-nos cedo com antecipação, de sonhar por melhor pequeno-almoço.