Posted in Portuguese

Santos Alternativos

It’s Hagiography Thursday here at Luso, and I bring you a corrected version of the story of Saint Uncumber, aka Vilgeforte. Thanks to Dani for the corrections.

Austrian representation of Vilgeforte – I believe she’s known as Kümmernis there.

Agora que nos afastámos do dia dos namorados, vamos lembrar uma santa que é quase o oposto do famoso São Valentim: Vilgeforte, também conhecida por Santa Liberada (e vários outros nomes – por exemplo “Saint Uncumber” em inglês), foi, segundo a lenda, uma princesa no território que faz parte do atual Portugal. Foi prometida pelo pai como esposa a um estrangeiro. Desejando permanecer solteira, pronunciou um voto de virgindade rezou a Deus para que a tornasse feia. Na manhã seguinte, ela acordou com uma barba. O pai ficou furioso. Ela não só era rebelde mas também um hipster. Mandou os seus soldados crucificar a filha barbada*. Vilgeforte não é, na realidade, uma santa e provavelmente não existiu**. Há quem afirme que a lenda deriva de antigos retratos de Cristo crucificado nos quais o Salvador está a vestir uma túnica que parece um vestido feminino.

*Rare use of the word “bearded” with a feminine ending. Understandably enough, there have been those in the LGBT space who have tried to claim Uncumber/Vilgeforte as a transgender man. Since she almost certainly didn’t exist there isn’t much point in discussing the pros and cons of this argument so I’ll let you make your own minds up.

**I used the imperfect tense here because existing, by its very nature, is something you do over a whole lifetime, continually, but although I’m pretty sure I would have been correct in French, here and now, in portuguese, she has finished existing, if she ever did at all. It’s over and done with. Perfect tense.

Posted in Portuguese

Orgulho e Preconceito

Here’s a text from Thursday about how everything is the fault of The Gays.

Na segunda-feira, havia uma notícia sobre o líder da Igreja ortodoxa russa. Disse que os valores liberais do ocidente estavam entre os motivos da invas… hum…peço desculpa… da “operação militar” na Ucrânia, e acima de tudo, citou as “marchas de orgulho gay” por serem “projetadas para demonstrar que o pecado é uma variação do comportamento humano”

Esta não foi a primeira vez que um líder da Igreja culpou os homossexuais pelos problemas do mundo. Nos Estados Unidos, por exemplo, há quem acredite que agitar uma bandeira arco-íris contribui para tempestades e terramotos.

Então, a mensagem é muito nítida: a homossexualidade é mais perigosa do que qualquer outra força no universo. A Ucrânia estava a construir uma reserva de lésbicas termonucleares e Putin foi forçado a intervir. Não havia outra hipótese.

Just after writing this text, someone randomly retweeted this video into my timeline. Woah. Maybe the churches are following the wrong JC: José Cid instead of Jesus Christ.

Posted in Portuguese

O Fim do Mês do Orgulho LGBTetc

Another daily writing challenge. The theme was set by someone else and as usual I’m going along thinking of what I know how to say, and what would stretch my grammar, and at the end of the “drunkard’s walk” of linguistic progress, what I’ve ended up with is a bit questionable. A bit negative and a bit simplistic. I don’t think I’d stand by it in an argument, so if you want to read the notes at the bottom and use it as a learning exercise, do, but don’t @ me about the content. I’m sure whatever you have to say is probably right. Thank you Dani_morgenstern for the corrections.

Me after too long on LinkedIn this month

Hoje em dia, o mês de orgulho LGBT em Inglaterra tem mais a ver com publicidade empresarial* do que propriamente com orgulho em si. Uma espreitadela no LinkedIn pode acabar em cegueira por causa de tantos logótipos com cores do arco íris.

O significado do evento mantém-se**, claro, porque o homofobia ainda existe, mas o efeito é menor: limita-se a homófobos individuais. As leis já mudaram e não existem obstáculos para quem quiser casar-se com alguém do mesmo sexo ou ser eleito ao parlamento tendo*** um parceiro do mesmo sexo. Ainda bem. Tudo isto é óptimo!

Acho que o próximo passo deve estar mais “internacionalização” do movimento porque há leis noutros países contra o sexo gay. No Irão, por exemplo, se dois homens quiserem namorar, um deve passar por uma cirurgia de redesignão sexual ou os dois serão executados. E o Irão não é o único país a desprezar os direitos da comunidade gay assim. Nem sequer perto de ser o único!

Em vez da internacionalização, o movimento anda a acrescentar mais letras ao seu nome. As pessoas com defeitos genéticos (o “I” em LGBTQIA+) e as que não querem fazer sexo (o “A” em LGBTQIA+ e as “freiras” na igreja católica****) já fazem parte do arco íris, por exemplo. É por isso que o comediante Dave Chapelle lhes chama “as pessoas do alfabeto”. E… Isto pode parecer pouco simpático mas acho que ele não tem falta de respeito nem de simpatia para as individuais gay em si, mas só quer ridiculizar determinados aspectos da narrativa em redor deste assunto.

*=seems to be better than “corporativo” which was my first choice.

**=I put “continua”. It continues relevant but “mantém-se” is better. It maintains itself relevant.

***=rare sighting of the lesser spotted European Portuguese present participle

****=strictly speaking, this should be capitalised but I’m feeling very atheist today so sod them.