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Bicicleta – uma declaração pelo feminismo – Braga Ciclável

Fiz um marcador no meu telemóvel para ler este blogue que encontrei no Twitter há meses, mas apesar do texto ser curto, adiei até hoje.

The future liberals want

Segundo o título, a autora está a defender o papel do feminismo na política de trânsito na sua cidade, Braga. E é verdade que o argumento é escrito em termos de feminismo mas parece-me que o ponto principal é mais universal e pode ser apoiado até por quem não se identifique como feminista: uma cidade cuja rede de transportes é dominada por carros sofre de um certo desequilíbrio : há mais poluição, há menos segurança para as mulheres sim, mas também para os homens e sobretudo para as crianças, há mais ruído, mais engarrafamentos, enfim a cidade é menos feliz.

O aspeto feminista disto tudo prende-se com a maior relutância das mulheres da cidade em enfrentar os perigos de andar de duas rodas, além do sexismo que existe tanto nas ruas quanto noutros lugares. Tem razão, mas acho que esta mensagem pode ser uma oportunidade para todos os bracarenses e espero que os homens da cidade vejam que também têm um incentivo para melhorar as ciclovias e os transportes públicos de Braga.

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A Formação

Portuguese Version of yesterday’s post about bottling out of the lesson about Portuguese suffragettes. Notes at the bottom. Thanks to “Butt Roidholds” for the corrections!

Carolina Beatriz Ângelo, sufragista e feminista
Carolina Beatriz Ângelo, The first woman to vote in Portugal, in 1911

Há umas semanas, fiz parte dum curso lançado pela livraria Bertrand, apresentado por Marco Neves, um autor português que escreveu livros tal como “Doze Segredos da Língua Portuguesa”.
Gostei tanto, tanto! Fiz um resumo do curso no meu blog e inscrevi-me em mais um evento. Desta vez, escolhi um curso que faz parte duma série sobre feminismo e que fala sobre a história do movimento sufragista. Boa. Chegou a noite do curso. Abri o Zoom e vi a professora. Mas ela pediu aos* participantes para ligarem as câmaras e os microfones.
Meu Deus, tinha pensado em ficar só a ouvir mas se tivéssemos de falar, não estava preparado para** ser o único homem e o único estrangeiro a discutir a minha opinião das heroínas da democracia portuguesa.

Fechei o zoom e fui-me embora!

*=pedir a… para… if you’re asking someone to do something.

**=preparar needs para after it if saying “prepare(d) to”

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Bottling Out

I joined in one of the Bertrand training courses I mentioned a couple of weeks ago. It’s part of a series on feminism, looking at the subject of the portuguese suffragette movement. I thought I’d try and listen in on the lecture and learn something about history. However, the person running it asked people to put on their cameras and mics so they could participate and I thought well, I don’t really want to be the only foreigner and in all likelihood the only bloke if it’s going to be a round-table discussion, so I scarpered. Oh well, that’s fifteen euros down the drain!

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Feminismo Negro em Portugal

Um gajo que sigo no Twitter mencionou uma historia do Jornal Público (“Feminismo negro em Portugal: falta contar-nos”) sobre o desenvolvimento de feminismo negro em Portugal. Como muitos países europeus, Portugal tem uma história de colonialismo e escravatura, e isso trouxe muitos novos habitantes que, mais tarde, tornaram-se cidadãos e o artigo descreve as mudanças da população e destaca o papel de mulheres negras.

A história começa no século XVI, muito antes da palavra “feminismo” ser usada, mas era possível encontrar negras a participar politicamente na sociedade portuguesa. No inicio do século XVIII foi apresentado por mulheres uma petição de reclamação contra as perseguições quotidianas da comunidade negra.

Mais tarde, no fim do século XIX, tendo a escravatura sido já abolida, vê-se uma nova oportunidade de participação. Claro que isso não continuou durante o novo estado, enquanto todas as forcas liberais foram subjugadas pelo governo Salazarista.

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A mulher mais interessante do meu ponto de vista, foi a Virgínia Quaresma, que nasceu em 1882, e viveu uma vida cheia de acção politica até a sua morte com 90 anos. Ela foi uma das primeiras mulheres a licenciar no Curso Superior de Letras na Escola Normal de Lisboa. Tornou-se jornalista (a primeira no país) e redactora duma revista feminista. Foi um membro activo de várias ligas feministas, pacifistas e republicanas durante os anos antes da primeira guerra mundial, e viveu abertamente como lésbica apesar do clima moral daquela época. Foi seleccionada pelo serviço diplomático, e viajou para o Brasil muitas vezes com a namorada dela onde arranjou eventos culturais para cultivar ligações entre os dois países.


Quero agradecer Alisson pela ajuda.

By the way, can we talk about that outfit VQ is wearing? Dapper AF!