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Incêndios

Oh lord, I just found this in my drafts folder. I think I meant to send it back in August but must have got distracted by a shiny object. Oh well, old news now, but here we go anyway….

Falei na terça feira sobre (entre outras coisas) um vulcão extinto chamado Arthur’s Seat, perto da capital escocesa, Edimburgo. Ora bem, este vulcão renasceu momentaneamente na semana passada quando a urze pegou fogo (provavelmente uma falta de atenção por parte de um fumador qualquer, mas quem sabe?) e ardeu durante quase um dia inteiro.

Este género de fogo espontâneo é cada vez mais frequente nos dias que correm. E se é possível num país húmido como a Escócia, não é nada surpreendente que haja mais incêndios, de maior tamanho, em Portugal. Ano após ano, vemos chamas nas florestas e nos campos e até nos arredores das cidades de Portugal. Não raras vezes, pessoas ficam rodeadas por chamas e perdem a vida.

Artwork by Bordalo ii

Portugal não é o único país sob o flagelo dos incêndios florestais; o planeta está a aquecer. Ainda assim, os políticos de cada país precisam de assumir a responsabilidade política pelas decisões (ou falta das mesmas) que deixaram crescer o perigo. Por esta razão, há quem culpem o primeiro ministro Luís Montenegro por estar no Algarve enquanto o país está a arder. Confesso que não sei quanta justiça tem esta reclamação. Na verdade, o primeiro ministro não é um bombeiro e não consegue extinguir os fogos, mas a gente quer ter certeza de que os seus líderes têm o problema sob controlo ou pelo menos que estão a tentar.

E por falar em líderes que sabem liderar, a minha esposa enviou-me este vídeo do General Ramalho Eanes, outrora* presidente da República a lutar pessoalmente contra um incêndio florestal em 1980. Deu um exemplo de Liderança.

Além de ser um conforto para o povo e (quem sabe) além de levar mais recursos aos heróis que usam o fardo de bombeiro, este tipo de ação pode aumentar o poder do político. Como? É obvio: todo o mundo ama os bombeiros, e quase todo o mundo odeia os políticos. Se eu fosse um político pouco amado, eu tiraria a gravata e passaria um dia na floresta com os bombeiros. Acho que valeria mais de 5% na próxima votação!

*Cristina kindly pointed out that I’d made some errors in this and I think I’ve got them all now. It annoys me that this adjective is always feminine (I wrote “outroro”), but that’s because it’s not an adjective at all, it’s an adverb. Nota bem.

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Just a data nerd

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