Uau! Que espectáculo incrível! As minhas expectativas do concerto de Carolina Deslandes eram baixas; gosto de algumas canções dela, mas regra geral, aquele estilo de música não é o meu preferido. Mas ainda que não me sentisse otimista, a realidade do concerto esmagou-me. Ela cantou todas as canções de que mais gosto, e além disso muitas canções boas de outros (Rui Veloso, Sérgio Godinho, António Zambujo e Amy Winehouse) e criou um ambiente animado e feliz naquele espaço íntimo.

Entre as canções, ela falou e brincou com o público. Entendi quase tudo, mas tive de perguntar à Catarina sobre umas coisas que me passaram ao lado. Por exemplo, para ilustrar quantas tugas há nesta cidade, ela contou uma história sobre uma peça de teatro que ela foi assistir com uma amiga quando morava cá em Londres. A amiga comia alguma coisa e uma funcionária do teatro disse que “you can’t eat tha’ ‘ere”. Quando a funcionária virou as costas, a amiga disse (em português) “que estúpida” e a funcionária voltou a virar-se, com um gesto muito português e disse (também em português) “estúpida és tu”, que deixou a amiga da Carolina baralhada porque não sabia que as suas palavras seriam compreendidas.
Entendi isto tudo, mas no final da anedota a amiga sacou uma sandes, embrulhada em alumínio, porque “Tuga que é tuga ________”
Ao que parece, as palavras que perdi foram “leva merenda”.
Antes do espectáculo principal uma artista portuguesa chamada Raquel Martins, que mora em Londres já há 7 anos tocou umas músicas. Levou uma convidada ao palco e aqui tenho mais uma confissão: achei que ela disse que a convidada era a sua irmã, mas que disse irmã num sotaque invulgar. Mas errei. O convite foi a cantora Irma!
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