I definitely have to see this!
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Luísa Reis Abreu
Faleceu há uns dias uma artista madeirense, chamada Luísa Reis Abreu. Por puro acaso, isto aconteceu no mesmo dia em que foi lançado um novo romance de Valter Hugo Mãe. E a inspiração do romance? A fé e a linguagem da sua amiga “a senhora Luisinha do Guerra”. No dia em que o romance chegou às livrarias, o autor falou da morte da artista e elogiou a “resistência e santidade” dela
O Filho de Mil Homens – Valter Hugo Mãe.

“Li” este livro com os ouvidos (sempre que digo isto, as pessoas explicam que devo dizer “ouvi”: está bem, mas gosto de dizer “ler com os ouvidos”. Deixem-me fazer as minhas parvoíces de velho!), que tornou-o mais difícil. Geralmente, se não percebo alguma coisa, viro-o de volta e leio as ultimas páginas, mas com um audiolivro, sobretudo enquanto estou a lavar a loiça, não é nada fácil, e pouco a pouco, perdi o fio a meada. O livro conta as histórias de pessoas diversas que se juntam para formar uma família. Entendi basicamente tudo, e gostei dos acontecimentos individuais, as personagens e o estilo do autor, e o fato de ele ter gravado o seu próprio livro, mas conseguiria resumir a história? Dificilmente… Acho que vou voltar a este livro e ler mais uma vez, talvez com os olhos.
O Filho de Mil Homens is available as an audiobook or if you prefer, as an actual paper book from Wook. Don’t worry, although it’s a book from Wook, it’s not “My Booky Wook” by that guy who’s in the news a lot lately. Screw him.
Thanks to Sebas94 for the corrections
Valter Hugo Mãe
Valter Hugo Mãe (nome natal Valter Hugo Lemos) nasceu em Angola em 1971. É conhecido principalmente como escritor mas também canta e desenha e faz obras de arte plástica. Os seus livros são geralmente literários – ou seja, pretendem atingir um nível artístico, ao contrário das obras da ficção popular*, cujo objectivo é simplesmente contar uma história. Em 2007 José Saramago, laureado com o prémio nobel, elogiou um livro dele, acção que chamou a atenção do povo para a obra dele. E acho que os dois escritores têm muito em comum. Ambos quebram as regras de gramática no seguimento da sua arte (o Saramago por usar poucos pontos finais, o Mãe por escrever livros sem letras maiúsculas); ambos podem ser desafiantes para os leitores; ambos publicaram poesia e ambos incluem livros infantis nos seus corpos literários (Saramago: A Maior Flor No Mundo, Mãe: A Verdadeiro História dos Pássaros, entre outros)

Além de ser um dos autores mais famosos no país e um artista o Valter Hugo Mãe dirige a sua atenção para várias outras coisas: estabeleceu duas empresas editoriais, dirigiu uma revista e apresenta um programa no Porto Canal, no qual o autor entrevista vários convidados.
*I tried to write “ficção género” (genre fiction) but it seems not to be a thing. The whole thing sounds a bit snobby either way though, doesn’t it.
