Tiago Nacarato é um homem interessante. Que eu saiba, não é Brasileiro mas tem parentes de lá. Mas apesar de ser portuense… ora bem, basta ouvir o gajo. Soa-te portuense?
O cantautor* vai tocar em Abril no Jazz Café em conjunto com o violonista** nordestino Cainã Cavalcante no mesmo palco aconchegante onde assistimos ao espetáculo de Carolina Deslandes em 2024 e traz mais 2 tugas consigo: Raquel Martins, a guitarrista inovadora que apareceu com a Carolina Deslandes. e Mimi Froes, cujo nome parece necessitar um til mas realmente se escreve assim. Ela participou na segunda temporada da série “Factor X” mas nem sequer terminou no Top 3. Tem muita influencia do jazz e já colaborou com Rui Veloso. Acho a música dela mais divertida e mais ‘tuguesa do que a do Tiago! Seria mal educado ir vê-la mas sair antes de os artistas principais subirem ao palco?
* The spellcheck on my laptop doesn’t like this word, but it exists in Priberam. I stole it from the RTP profile. It’s obviously a portmanteau of cantor and autor. So, singer-songwriter, basically.
**This word threw me for a loop when I first saw it. Violonista = someone who plays the violão, which looks like it must be some sort of viola or double bass, but it’s not, it’s another name for a guitar – especially in Brazil
Active listening exercise for this interview with Raquel Martins, the support act at the Carolina Deslandes gig we went to a few weeks back. She seems to be getting quite a lot of interest at the moment, which is great since she’s obviously a very talented player. The word malha in the title can have a few different meanings from mail (like chain mail, not postage) to knitting to the act of hammering something out, but can also mean a musical track. Granda isn’t standard portuguese, but you hear “ganda” meaning great, and I think this is the same kind of thing. I guess if it were English it would be called “Great Riffs” or something, even if Deepl thinks it means “chunky knitwear”.
I find it really hard to follow her accent, the speed at which she talks and frequent jumps that don’t result in complete sentences, plus I think there are musical terms in there that I don’t understand since she’s discussing music with another musician, and some of the words – Jazz, voicings, management etc – are in English. Basically, I missed a *lot* but I think. I’ll go back and listen a couple more times because I need to tune my ears into this kind of conversation. OK, it’s a bit later now and I just listened again with better headphones. I am still flummoxed by the word salad of english and portuguese, but I picked up some more things I’d missed and chucked those into what I’d already jotted down. I also…. I might just be imagining it but between 13:10 and 13:20 it sounds like she says “coisas mesmo abertas” and then corrects herself to “mesmas abertas”. That… that’s not right is it…? I mean, she’s a native speaker so she must know, but… surely… Christ, I feel like I am losing braincells here.
Anyway, bottom line, I really enjoyed the interview and hearing her noodle around with her guitar but if there are any recordings like this on the exam I am fuckity fucked.
Em Porto – incrível! Na academia guitarra convidado por Miguel de Neves (?)
Primeira coisa que aprendeste?
clássico que toda a gente aprende (mas não sei o que é a música que toca)
Geração gap
Porque decidiste tocar?
Piano, guitar toda rota, sempre quis pegar na guitarra
Na escola – começou com clássica , elétrica apos 3 anos
Quando levaste isto mais a sério?
Tudo natural, não tinha outros planos acabei quando acabei 12o… decidiu? para Londres? Durante a pandemia
Primeiras coisas como artista?
Ainda em Portugal, quando teve um sentimento forte. Muitas coisas que não era musicas. Numa banda na escola, adorava. Giro.
Como mudaste em Londres?
Super multi cultural. Máquinas? Jams – subiu para palco. Ficou interessada na técnica. Interesse em jazz, quando focou em som comecei a agarrar (?) a guitarra novamente
Coisas tuas – evolução – coisa que escreveste e achaste “cheguei”?
Em Londres, fusão de géneros. misturados
Toca exemplos de harmonia com influência brasileira
Mesma corda… demonstra como estilos mudam a corda
Outros guitarristas influenciadores?
George Benson ‘ adorava, Spanky Alford (a tocar) Harmonias mais tradicionais, voicings mais… brasileiro?
Qual é o peso dos efeitos no teu estilo?
Recentes, quer criar novas texturas. Adoro as texturas, começou em Londres – concertos, muitas pessoas na banda… Freeez, uma cena importante (ela demonstra). Usa delay, timeline gosta porque tem imensas texturas. Muito tranquilo… Um pedal que se pode explorar. Não é assim tão complicado.
Convites para tocar com Outros artistas?
(ri-se mas não sei bem porquê) repetir? Não
Comecei na faculdade, ha muitas guitarristas
Várias nomes, oportunidades de viajar nos EUA e ter experiência no palco e conhecer pessoas do management e aprender mas é stressante balançar tudo e muito cansativo. Já fizeste muito trabalho na estrada…
Porque sou muito velho? É isso?
Interessada em misturar coisas tradicionais e modernas … Experimentar – uma flauta com efeitos, Muito recente.
Uau! Que espectáculo incrível! As minhas expectativas do concerto de Carolina Deslandes eram baixas; gosto de algumas canções dela, mas regra geral, aquele estilo de música não é o meu preferido. Mas ainda que não me sentisse otimista, a realidade do concerto esmagou-me. Ela cantou todas as canções de que mais gosto, e além disso muitas canções boas de outros (Rui Veloso, Sérgio Godinho, António Zambujo e Amy Winehouse) e criou um ambiente animado e feliz naquele espaço íntimo.
Entre as canções, ela falou e brincou com o público. Entendi quase tudo, mas tive de perguntar à Catarina sobre umas coisas que me passaram ao lado. Por exemplo, para ilustrar quantas tugas há nesta cidade, ela contou uma história sobre uma peça de teatro que ela foi assistir com uma amiga quando morava cá em Londres. A amiga comia alguma coisa e uma funcionária do teatro disse que “you can’t eat tha’ ‘ere”. Quando a funcionária virou as costas, a amiga disse (em português) “que estúpida” e a funcionária voltou a virar-se, com um gesto muito português e disse (também em português) “estúpida és tu”, que deixou a amiga da Carolina baralhada porque não sabia que as suas palavras seriam compreendidas.
Entendi isto tudo, mas no final da anedota a amiga sacou uma sandes, embrulhada em alumínio, porque “Tuga que é tuga ________”
Ao que parece, as palavras que perdi foram “leva merenda”.
Antes do espectáculo principal uma artista portuguesa chamada Raquel Martins, que mora em Londres já há 7 anos tocou umas músicas. Levou uma convidada ao palco e aqui tenho mais uma confissão: achei que ela disse que a convidada era a sua irmã, mas que disse irmã num sotaque invulgar. Mas errei. O convite foi a cantora Irma!