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Sal – João Andrade e Luís Buchinho

Sal - João Andrade e Luís Buchinho

Esta banda desenhada conta a história de uma rapariga madeirense, de uma família em crise, que foi levada para uma casa de acolhimento. Os quadrinhos são bem desenhados. É super fácil entender quem está a falar e o que é que está a acontecer. Em sumo, a execução da história é bem realizada. Quanto à história, tenho algumas dúvidas sobre como funciona o sistema de apoio de crianças. Tendo trabalhado neste ambiente no passado, parece-me pouco provável que um trabalhador de proteção de crianças tenha o direito de simplesmente encostar o carro na rua de um menino e dizer “entra no carro” como acontece neste livro. Ainda por cima, o comportamento dos empregados na casa de acolhimento é pouco profissional… Eu sei que cada país tem as suas normas mas… Uau, fiquei surpreendido com as palavras que usaram, e a falta de respeito para a privacidade das crianças. Não é abuso, nada disso, mas também não é muito simpático. Mas talvez este especto faça parte da história. Infelizmente não sei como os autores vão desenvolver este fio da história porque este livro é apenas o volume 1 de uma série, o que não é evidente pela capa, mas ainda assim, é, mesmo. Então, vai haver mais no futuro, mas esta parte tem uma conclusão satisfatória da primeira fase da nova vida dela, portanto não me deixou frustrado por não completar a história.

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Quarentugas

Quarentugas
Quarentugas de André Oliveira e Pedro Carvalho

Acabo de ler o “Quarentugas” que é uma coleção de histórias aos quadradinhos* que tiveram a sua origem no Instagram durante os primeiros meses da pandemia e que conta histórias de indivíduos e famílias em pleno isolamento durante os dias mais negros do nosso passado recente. Apesar do estilo da banda desenhada ser simplíssimo, tive a impressão de os escritores gostarem de palavras mais elegantes porque o nível de vocabulário é ligeiramente mais elevado do que normal.

As histórias são divertidas, ainda que às vezes o humor seja cru, e as ilustrações são bem executadas. Gosto muito e lamento que não tenha ouvido falar da conta antes. Teria sido uma boa diversão durante o ano 2020.

* Using Histórias aos Quadradinhos and Bandas Desenhadas in the same text is a bit odd. You’d usually stick to one or t’other. In Brazil, a BD is often referred to as an HQ apparently (Lord knows why – those two letters sound pretty clunky in Portuguese), but there it stands for Histórias em Quadrinhos (note the shand of spelling from “quadradinhos” (PT) to “quadrinhos” (BR) as well as the pronoun shift…. Banda Desenhada is definitely the better expression so it’s probably safest to ignore the other completely rather than remember the variants.

As usual, thanks to Dani for correcting this text.