This exercise from PeF seems interesting enough to be a blog post. The questions relate to a short biographical piece about Mia Couto.
- Caracterize a família de Mia Couto.
É uma família de emigrantes que mudou de país para Moçambique nos anos cinquenta do século passado. O seu pai era escritor (jornalista e poeta) cujos avós enriqueceram no setor automotivo mas sabe menos sobre a sua mãe porque ela era órfã que foi criada por um padre que dizia que era o tio dela.
- Por que motivo os pais de Mia Couto foram para África?
Foram para África em meados do século XX porque queriam mais espaço e um novo começo, e o pai achava que teria mais hipótese de sucesso na sua carreira jornalística no estrangeiro.
- De acordo com o autor, qual era o ambiente racial que se vivia na cidade da Beira durante a infância do autor? Dê exemplos retirados do texto.
DIz que a Beira é uma cidade “atravessada” (ou seja, havia muitas pessoas de diversas raças) e uma vez que o seu pai mudou de bairro muitas vezes, cada vez num sítio com poucas famílias brancas, o jovem Mia brincava e andava na rua com jovens negros.
- “O meu pai tinha muito esta coisa que eu era o filho que lhe ia continuar a veia”. Justifique esta frase do autor.
O pai já era escritor e os seus irmãos também escreviam mas na mesma, o pai achava que Mia seria quem continuaria a tradição de trabalhar como escritor profissional.
- Como caracteriza o autor o seu primeiro livro?
Foi uma coleção de poesia lírica que ele escreveu para contrariar a tendência de escrever poesia Marxista falando da condição dos proletários.
- Quais foram as influências literárias de Mia Couto?
Fala primeiro do poeta José Craveirinha. Depois de vários brasileiros e finalmente de três portugueses: Sophia de Mello Breyner Andresen, Eugénio de Andrade e Fernando Pessoa. Acho que estas são influências poéticas; presumo que também foi influenciado por romancistas.
- Que tipo de escritor se considera Mia Couto? Justifique com uma frase retirada do texto.
Segundo os amigos dele, é “mais uma contista do que um poeta”. Eu sei que escreveu poemas mas tendo a pensar nele como escritor de contos também. Também diz “O que escrevo é Moçambicano”, que indica que o autor pensa de si próprio como nativo do país adotado pelos seus pais.
- Nas suas crónicas, contos e poemas, Mia Couto usa muitas vezes palavras inventadas (neologismos). À luz deste facto, explique o sentido da frase “Eu acho que não tem que haver um polícia de trânsito a regulamentar a língua, dizendo: Por aqui não se pode andar. Pode tudo!”. Concorda com o autor?
Está a comparar pessoas pedantes com os polícias que aplicam as leis de trânsito.
Concordo sim, quem pode contrariar? Uma palavra inventada que explica algo novo ou que traz mais nitidez, mais graça ou mais especificidade, enriquece a língua. Shakespeare inventou centenas de palavras. Há palavras que trazem apenas confusão e regra geral reagimos não as usando. Como a palavra “Fetch” no filme “Mean Girls”. E em casos raros as palavras mudam os significados numa maneira desajeitada, tipo a palavra “literally” (literalmente) em inglês. Mas regra geral as novas palavras fornecem mais cor à nossa fala.