I originally published this a couple of days back but I’ve updated it with some really interesting corrections from Dani
No segundo dia da estadia a minha família ficou na* cama até tarde mais uma vez. Quando acordaram, fomos ao topo da montanha para dar um passeio no PR7 (Percurso Recomendado Sete) “Levada do Moinho”. O tempo estava belo: fresco sem ser frio, húmido sem encharcar tudo e nebuloso sem esconder as vistas. Adorámos o nosso tempo que lá passámos.
Depois, voltámos a casa, para agarrarmos os fatos de banho e fomos à praia de Seixal onde a areia é preta, mas não por causa dum derramamento de crude**. E aí o dia saiu errado: para quem usa óculos dia após dia, é fácil esquecer-se de que estão na cara e… Para resumir uma longa história, perdi-os no Oceano Atlântico. Bolas. Chamei um táxi para ir buscar o par sobressalente (sou o único que sabe conduzir), o que (mais vale ser otimista neste cenário infeliz) me deu uma oportunidade de falar com um taxista madeirense (um homem interessante que tinha trabalhado na Venezuela durante muitos anos). Mas não há dúvida que esta parvoíce nos fez perder*** muito tempo.
Acho que vou tentar visitar um oculista amanhã se for possível (e se puderem fazer os óculos novos depressa) porque os sobressalentes são antigos e fazem-me doer os olhos.
Chega de autocompaixão! À noite, subimos montanha acima de carro mais uma vez e comprámos uns pastéis e pãezinhos numa padaria… Sei lá… Duzentos metros abaixo da lua. Passei tempo com a minha mulher de modo relaxado o que acontece com muito pouca frequência nos últimos tempos. Foi uma noite agradável, ainda que a Catarina estivesse um pouco desfocada.
* This one sounds odd too English ears since, if you translate it literally, it seems to imply they were both in the same bed. I originally write “em cama” which is too much of a Britishism. So, yes, “na cama” is a generic expression and applies no matter how many people you’re talking about, so you can say King Charles and Rishi Sunak were “na cama” without fear of causing a scandal.
** Yes, “crude”, on its own. This usage can be found on the RTP site here for example. It was corrected from “óleo cru” but I don’t think cru has exactly the same usage as crude. I can find examples of “óleo cru” being used but actually they seem all to be Brazilian, I think…? Here for example. And I think petróleo is probably the word I should have used… OK, I know petrol and crude oil are two different things, but if you Google “derramamento de crude site:.pt” you get more sites showing spillages of “petróleo” (this is the first result) usually with pictures showing black goo flowing out of the side of a ship (eg here – this is the second result in the Google search) , than you do for crude. The RTP page mentioned above is the third Google result, and only the first to use Crude in its headline. I dunno… Maybe journalists aren’t always using the right word. Both words exist, anyway. You’ll just have to work out from the context what specific substance is being scraped off the local marine wildlife.
*** I wrote “esta parvoice desperdiçou muito tempo” but things/actions don’t waste (desperdiçar) time, only people do. A situation like this can only cause the desperdício. So it made us waste/lose time, it didn’t waste it directly, if you see what I mean.