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Vinte e Cinco a Sete Vozes

Vinte e Cinco a Sete Vozes de Alice Vieira
Aligned to the left, as it should be…

Hoje é o dia 25 de Abril, portanto parecia-me apropriado ler alguma coisa que falasse do aniversário do estabelecimento da democracia em Portugal. A autora, Alice Vieira conta a história através de um conjunto de 7 pessoas, cada uma a falar com uma menina que está a fazer uma pesquisa sobre a revolução.  Os narradores contam as suas experiências à menina e falam com ela*, mas ouvimos apenas as vozes dos testemunhos, e o diálogo não é diálogo mas sim um monólogo capturado no gravador da protagonista silenciosa!

O livro foi lançado em 1999, 25 anos após os tanques darem à luz uma nova fase na história do país. Naquela altura, havia quem estivesse preocupado com a falta de entendimento dos eventos do passado. Hoje passaram-se mais 25 e os resultados da recente eleição indicam que talvez haja ainda menos entendimento, já que os anos setenta parecem um conto datado.

*I wrote “falar a ela” because all the dialogue is just their side of the conversation. “Falar com ela” seemed to suggest two-way traffic which is why I avoided it. It’s a little like listening to one side of a telephone conversation. You know there’s someone else involved but you can only hear the person next to you on the train. In the end, I put “com” back in but altered the corrected sentence a bit to reframe it. I hope it makes sense!

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“Mary John” de Ana Pessoa

This book was the source of a couple of the recent posts about new vocabulary like “as fresh as a lettuce” and “playing for Benfica“. It seems like a straightforward read at B1/B2 level. The grammar isn’t too complex, but it’s light and funny and has plenty of nice idiomatic expressions, including a rare in-the-wild sighting of “tirar o cavalinho da chuva”. Thanks to Cataohract for the corrections

Mary John de Ana Pessoa

O “Mary John” é um livro juvenil que conta a história duma adolescente chamada Maria João. No início do livro, ela tem um fraquinho por um rapaz que mora no mesmo bairro, mas o rapaz, que é ligeiramente mais velho, acaba por namorar com uma “lambisgóia” (nova palavra!) que chega na praceta onde o grupo de amigos passa o tempo. A lambisgóia fuma e tem piercing no umbigo e fala com a protagonista de maneira desrespeitosa por causa da idade dela, principalmente.

Após algum tempo a mãe da protagonista informa-a de que os dois têm de mudar de casa para uma outra cidade. Lá, no novo lugar, ela conhece um rapaz e os dois apaixonam-se.

Não há mais nada: é uma história quotidiana, sem reviravoltas, sem grandes revelações. Mas é doce: o diálogo entre as amigas na escola é engraçado e os conselhos da mãe e da avó dela sobre amor e sobre rapazes fazem todo o sentido sem serem demasiado “pedagógicos”. Ela cresce durante o percurso do livro e passa a uma nova fase da sua vida.

O aspeto mais esquisito do livro é a estrutura dele: é contado como se fosse uma carta ao rapaz original da praceta. Não entendo porquê. Explica-lhe quão diferente é a vida dela 4 meses depois de mudar de casa. Talvez ela queira escrever a versão mais nova de si próprio mas não tenho certeza. De qualquer modo, espero que ela não envie ao coitado de moço! Além de conter informações que ele não quereria saber, tem 180 páginas!

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Pardalita

Pardalita de Joana Estrela

Pardalita é um romance juvenil, contado por prosa (a tipografia parece ser escrita pela mão da narradora) com desenhos. Às vezes, as palavras e os desenhos combinam-se como banda desenhada.

A protagonista é uma adolescente portuguesa de dezasseis anos que tem um namorado e alguns bons amigos mas tem uma paixão escondida por uma rapariga da escola dela. A história é sobre a vida dela, com os amigos, a mãe (que é uma lutadora feroz pelos direitos dos refugiados) e o namorado, enquanto os seus sentimentos perante a moça desenvolvem-se.

É uma história simples e doce – uma leitura fácil, pouco exigente e com personagens simpáticas. É bem desenhada e bem escrita e curti as duas horas que passei a ler.

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Story Hour

One of the things that struck me after posting my list of audiobooks is that there aren’t many that are aimed at younger children, and if you’re a new reader that might be exactly what you need. I did check all the Portuguese children’s stories on Audible but with the exception of O Principezinho they were all Brazilian.

It seems like the best way to listen to stories for children is through videos. There are some on YouTube and some on the RTP Estudo em Casa site under “Hora da Leitura” (Reading Hour).

Here are a few lists you can tap into. If you want to listen to them as audiobooks, with the screen off and your phone in your pocket, there are a couple of settings you need to change on your phone, and I’ll put a video about that down at the bottom if you need it.

Obviously, you might be happy just to follow along with the video, especially since some of them show the actual text, or animations that can be good visual clues, but if you want to treat them like normal audiobooks, here’s a video that will explain how to set your phone up to play the audio only, even when the phone screen is off.

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O Caderno Vermelho da Rapariga Karateca – Ana Pessoa

Este livro (caderno?) é muito divertido. Conta a história de uma rapariga de 14 anos (faz 15 perto do final da história). Não divulga a nome dela mas há pistas, e não é difícil adivinhar! Ela é karateca (palavra desconhecida para a minha esposa, e isto deu boa oportunidade para mim ser professor de português a uma madeirense), e gosta de um rapaz da mesma classe de karaté.
O caderno é cheio de desenhos bonitos contos pequenos, listas, e pensamentos, mas não é um caderno típico, não, tem uma vida e uma vontade própria como a rapariga descobre…