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Tamara Alves

Acabo de ler o livro que comprei no Festival Iminente, sobre a arte de Tamara Alves. Há pouco texto no livro e é bilíngue, mas ignorei o texto inglês porque não sou cobarde!

O livro consiste em quadros exibidos nas galerias como Galeria Underdogs em Lisboa, e em murais ao ar livre. Os quadros são excelentes: não há dúvida de que a artista é talentosa e sabe desenhar figuras realistas, mas também cria desenhos mais abstratos ou fantasmagóticos… Hum queria dizer “fantasmagóricos” mas acho que a minha gralha produziu, por engano, um adjetivo que até serve para descrever vários! São mais ou menos realistas, e incluem corpos e caras humanos e, às vezes, lobos. Fizeram-me lembrar filmes e séries da cultura popular, principalmente um filme do Studio Ghibli, chamado A Princesa Mononoke.

Mas para mim, os murais é que dominam a obra. O estilo da artista fica bem nas paredes da cidade. Em alguns exemplos, parecem fazer parte da paisagem. E os fotógrafos que tiraram as fotos exploraram o formato do livro para acentuar a beleza do ambiente em volta de cada um. Acima de tudo, gostei de um mural no qual o rosto de uma mulher é dividido em duas metades: uma velha pintada a preto e branco e uma mais nova e colorida. O fotógrafo dispôs a imagem numa página dupla com a divisão mesmo no centro, na divisão entre as duas folhas.

Num outro exemplo, um mural aparece entre duas árvores à noite. O fotógrafo iluminou a cena, mas a luz iluminava as folhas da árvore. Acho que usou um tempo de exposição longo porque as folhas, que flutuam ao vento estão tremidas estão bem iluminadas, que dá à fotografia um ar onírico.

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O Último Dia em Lisboa

Estou muito contente com o número de experiências consegui cumprir durante a minha breve estadia na cidade capital.

Hoje, comecei com um passeio na feira da Ladra. Uau! Não comprei nada mas adorei ver tanto lixo misturado com tesouros escondidos. Até houve um tipo com dois braços de um manequim. Quem é que imagina vai comprar tal coisa?

Absolute legend

Depois, fui a pé para o Museu Nacional do Azulejo. Sem dúvida é mais impressionante do que o Museu do Fado. Gostei tanto que caminhei na direção certa.

A rota prescrita pelo Google Maps sugeriu uma mudança de autocarro para comboio na estação de Arroios. Por acaso, a pastelaria Aloma, premiada em Setembro de 2024 por fazer os melhores pastéis de nata, fica lá perto, portanto fiz uma pausa, comi uma bifana num “snack bar” e depois provei um pastel. Concordo com os árbitros mas comi mais um para ter a certeza. Também tomei um cafezinho. Os três custaram menos do que um café e mais nada em Londres. Apesar do prémio, o café tinha poucos clientes. Acho que os influenciadores não ouviram falar do concurso. Ainda bem. Dei uma espreitadela a uma livraria na mesma rua mas estava encerrada. Falei com um português que também queria entrar na loja. Vivia em Somerset durante algum tempo. Acabei por desistir antes dele.

“Hey man, when in Rome” – Fantastic

O último destino** foi o jardim do museu de Lisboa onde decorria o Festival Iminente. Estava um ambiente incrível apesar de ser mais pequeno do que pensava. Havia centenas de pessoas numa zona limitada com dois palcos. Assisti a alguns mini-concertos. Gostei acima de tudo da Suzana, a mulher nesta foto

Quanto aos grupos de homens, gostei menos. Pareciam-me mais estereotipicos, como rappers americanos com muito orgulho mas pouca imaginação (mas nota-se bem que esta é apenas a minha impressão). Disseram “façam barulho” muito. Já faziam barulho o suficiente, obrigado.

Até os bebés bebem cerveja

Mas gostei de percorrer o evento e ver a felicidade dos participantes. Bebi um “Maracujão” (sumo de maracujá+Licor Beirão) e assisti ao breakdancing, comprei um livro (que surpresa) da artista Tamara Alves e vi as esculturas de Robert Panda. Saí após uma hora e meia. Gostei muito, mas o fumo dos charros alheios era tanto tanto que não suportei mais.

E aqui estou eu, pronto para dormir, a ouvir as buzinas dos carros na rua

*Destino can be destiny or what we think of as a destination. Destinação exists too and apparently can mean the same as destino in some circs, but only as a secondary meaning and it doesn’t sound right. It’s main meaning is the act of setting a destination.