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Se Perguntarem Por Mim Digam Que Voei

Alice Vieira

Mais uma vez, virei a última página de um livro e pensei “Quem me dera ter desenhado uma árvore genealógica daquelas personagens” porque confesso que perdi o fio à meada muitas vezes e por isso não gostei da leitura tanto quanto os portugueses que lhe deram 4 ou cinco estrelas no Goodreads.

Alice Vieira escreve muito bem, e geralmente os livros dela são muito acessíveis. Talvez fosse por causa disso que não comecei com a devida cautela! Geralmente com tantos protagonistas eu pego num lápis e faço um diagrama das ligações entre eles*.

Se Perguntarem Por Mim Digam Que Voei” conta a história de várias mulheres que moram numa aldeia provinciana, que têm os seus próprios sonhos mas que vivem num ambiente opressivo. Existem alguns homens, mas assumem um papel menor. Também há um cheiro a bruxaria mas fiquei tão confuso que nem sequer tenho certeza de se magia existe no mundo do livro ou se era apenas uma expressão da imaginação delas. Eu sei, sou idiota.

Enfim, não faz mal. Talvez volte a lê-lo um dia.

*I originally made this feminine: tantas … elas, because the true protagonists of this are all wammens, but I suppose since it’s talking about books in general, and most books will have da mens in it, I ought to make it masculine again

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Dial M for Mordam

Esta expressão foi usada no livro que terminei recentemente e já está de volta no meu livro atual (“Se Perguntarem Por mim, Digam que Voei” de Alice Vieira)

Macacos me mordam se aquele que manda as bolas ao ar não é o marçano do tio Casimiro”

Monkeys bite me if that one who’s juggling balls isn’t Uncle Casimiro’s apprentice”

So it’s obviously an expression or surprise like “well I’ll be a monkeys uncle”. Do people still say that? Probably not. Anyway, I like it and I’ll have to use it again. Hey, didn’t I start this blog post in portuguese? What happened?

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Vinte e Cinco a Sete Vozes

Vinte e Cinco a Sete Vozes de Alice Vieira
Aligned to the left, as it should be…

Hoje é o dia 25 de Abril, portanto parecia-me apropriado ler alguma coisa que falasse do aniversário do estabelecimento da democracia em Portugal. A autora, Alice Vieira conta a história através de um conjunto de 7 pessoas, cada uma a falar com uma menina que está a fazer uma pesquisa sobre a revolução.  Os narradores contam as suas experiências à menina e falam com ela*, mas ouvimos apenas as vozes dos testemunhos, e o diálogo não é diálogo mas sim um monólogo capturado no gravador da protagonista silenciosa!

O livro foi lançado em 1999, 25 anos após os tanques darem à luz uma nova fase na história do país. Naquela altura, havia quem estivesse preocupado com a falta de entendimento dos eventos do passado. Hoje passaram-se mais 25 e os resultados da recente eleição indicam que talvez haja ainda menos entendimento, já que os anos setenta parecem um conto datado.

*I wrote “falar a ela” because all the dialogue is just their side of the conversation. “Falar com ela” seemed to suggest two-way traffic which is why I avoided it. It’s a little like listening to one side of a telephone conversation. You know there’s someone else involved but you can only hear the person next to you on the train. In the end, I put “com” back in but altered the corrected sentence a bit to reframe it. I hope it makes sense!

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O Problema do Mal

O Trabalho de Casa de hoje é sobre a religião e a ciência. O primeiro texto centra-se na figura de  William Lane Craig. Eu sempre pensei que Craig fosse Americano (Oriundo* dos EUA) mas pelos vistos nasceu na América do Sul, num país onde se fala português. Ouvi um discurso dele em que ele defende que é logicamente impossível Deus criar um mundo sem mal enquanto os seres humanos forem livres. Uma vez que as pessoas tenham a vontade própria, é inevitável a existência do mal. Guerra, assassinatos, pobreza… Mas também fenómenos naturais tais como depressão, cancro, morte de crianças, deficiências mentais. Este gajo não consegue imaginar um mundo sem estas coisas em que nós permanecemos independentes.

A Charada da Bicharada

Fiquei irritado com tal parvoíce. Para desanuviar**, assisti a um vídeo d’A Charada da Bicharada que é um livro infantil da Alice Vieira, com ilustrações bonitas e um modo de usar palavras que acho encantador. Assim, utilizei a minha vontade para escolher o bem. Espero que Deus tenha reparado nisso e, da próxima vez que ele crie um mundo, deixe os habitantes com os prazeres e sem os sofrimentos. Obrigado.

*I really like this word. It sounds like the name of a fairy queen or something but it just means something like “coming from”, “native to” or “originating in”

**Wow, I’d never come across this word before. The corrector suggested it as an alternative to some bad choice I’d made. It’s like diffuse tension, or unwind.

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Leandro, Rei da Helíria – Alice Vieira

Leandro, Rei da Helíria

Comprei este livro sem perceber que não era uma história original de Alice Vieira. Já li 3 livros dela e esperava de algo mais ou menos semelhante. Mas logo que comecei a ler, fiquei com um a impressão de ter lido esta história anteriormente: um rei que quer abdicar ao trono, e que decide ceder o reino às suas três filhas. Antes de fazer a decisão, ele pede declarações de amor de cada uma. Duas filhas oferecem elogios muito floridos mas a terceira…

Espera lá! Conheço esta história! Li a descrição na contracapa e, como já adivinhei, a história é baseada numa peça de teatro de Shakespeare. A autora fez algumas mudanças. O Rei Leandro é uma história mais leve, até engraçada, e apropriada para leitores juvenis mas tem um enredo que muitos leitores adultos provavelmente conhecem.

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Rosa, Minha Irmã Rosa(Alice Vieira) – Opinião

notebook_image_989044Já li dois livros da mesma autora e este terceiro também é muito divertido. A protagonista é uma menina que tem 9 anos. Mora com a família e tem uma nova irmã. Apesar do título, uma grande parte da história trata das suas duas avós (das quais apenas uma ainda está viva), e as vidas duras delas quando eram novas. Um homem que mora lá na rua ficou preso antes da revolução (o livro foi escrito em. 1980). A história da família espelha a história recente do país. E a bebé? A narradora não se dá com ela no início mas ao longo dos meses, ela aprende, pouco a pouco, aceitar e amar a sua irmã.
É um livro juvenil, claro, mas Alice Vieira escreve tão bem que um adulto pode gostar também.